ZONA NORTE
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reconheceu a situação de superlotação do Hospital Doutor José Pedro Bezerra – Hospital Santa Catarina -, mas ressaltou que vem adotando várias estratégicas, em parceria com a direção da unidade hospitalar, para diminuir a superlotação do Hospital Santa Catarina, bem como do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim.
O secretário adjunto da Sesap, Haroldo Melo, explicou que a situação de superlotação, com corredores lotados, e pacientes em macas, é uma realidade dos hospitais estaduais, mas nem por isso, segundo o secretário, a Secretaria, por meio da direção dos hospitais, está alheio a essa situação. “Os hospitais têm tomado atitudes rotineiras no sentido de resolver o problema”.
Entre as medidas adotadas pela Sesap estão a criação dos supervisores assistenciais médicos, que avaliam diariamente todos os pacientes analisando as possibilidades de alta médica e o que está impactando a permanência do paciente no hospital. Além disso, esses profissionais realizam a contra referência para os municípios de origem e leitos de retaguarda. Além disso, a Secretaria está reestruturando os Núcleos Internos de Regulação (NIR), para garantir que os leitos internos dos hospitais sejam otimizados, que a marcação dos exames seja priorizada e que todas as questões relacionadas a obediência dos fluxos sejam seguidas como preconizado.
Nos últimos meses, o método Kanban foi implantado no Hospital Santa Catarina com o objetivo de diminuir a permanência dos pacientes nos leitos de UTI, aumentando, desta forma, a rotatividade dos leitos. A expectativa é que em breve esse método seja ampliado para as demais alas do hospital. A implantação dos núcleos de acesso e qualidade (NAQ) também tem contribuído para otimizar o funcionamento do Hospital.
Recentemente, a Secretaria liberou plantões eventuais para garantir o funcionamento 24 horas da classificação de risco. Dessa forma são atendidos apenas pacientes de média e alta complexidade. Os demais pacientes são orientados a procurar as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).
Além dessas medidas, explica Haroldo Melo, a Secretaria está planejando o projeto de regionalização da saúde. Ao invés de ter 24 hospitais regionais funcionando de forma precária a ideia é que os hospitais funcionem por regiões de saúde, como forma de desafogar os hospitais da capital. O Hospital Alfredo Mesquita, em Macaíba, por exemplo, deverá ser transformado em referência obstétrica para a região. Em Santa Cruz, o Hospital Ana Bezerra, será referência em obstetrícia e pediátrico, no atendimento de média e alta complexidade.
“É um processo lento, que depende do esforço de todos os municípios. Começamos pela 5ª Regional de Saúde, porque eles já têm um trabalho de realizado um trabalho semelhante de regionalização, que é o Parlamento Potengi. Estamos tentando disseminar entre os municípios essa cultura de regionalização”, ressalta o secretário adjunto de Saúde do RN, Haroldo Melo.
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