Se
antes o aplicativo para smartphone “Google Tradutor” era capaz de
traduzir imagens entre sete idiomas, a partir desta quarta-feira (29)
passará a verter frases entre 27 línguas. Tudo isso sem precisar de
internet.
A leitura de imagem é feita
automaticamente e sem conexão à internet ou consumo do pacote de dados.
Os brasileiros são os principais usuários do Tradutor, afirmou ao G1 a
gerente do serviço, Julie Cattiau (veja o vídeo abaixo). Ela explicou
que o serviço é um dos mais “internacionais” do Google, já que 95% do
tráfego gerado por ele é de fora dos Estados Unidos.
O português já era uma das línguas
contempladas para essa função, além do inglês, francês, alemão,
italiano, russo e espanhol. Agora, o app passará a também fazer
traduções de imagens a partir do búlgaro, catalão, croata, tcheco,
dinamarquês, holandês, filipino, finlandês, húngaro, indonésio, lituano,
norueguês, polonês, romeno, eslovaco, sueco, turco e ucraniano, hindi e
tailandês. Cada língua é incluída por meio de um pacote baixado para o
app é que pesa 2 MB. A tradução não é perfeita, mas quebra um galho,
principalmente em apertos durante viagens internacionais.
A possibilidade de apontar o celular
para uma imagem e ver o texto escrito nela ser traduzido simultaneamente
de um idioma para outro foi incluído no app do Tradutor em janeiro
deste ano (basta clicar no ícone de fotografia dentro do app). Isso só
foi possível após o Google ter comprado a empresa de um brasileiro. Após
a aquisição da Quest Visual, responsável pelo Word Lens, Otávio Good
passou a ser engenheiro do serviço.
Segundo Good, as línguas incluídas foram
escolhidas de acordo com o volume de usuários que o serviço possuía nos
países falantes do idioma. “Além disso, para a câmera de um computador,
é mais difícil de reconhecer chinês do que é para reconhecer português
ou inglês. Árabe então é mais difícil que chinês”, diz.
Caligrafia
O brasileiro explica que esse é um
avanço na área chamada de “aprendizado de máquina”, ou seja, a interação
de computadores com o mundo real de forma que aprendam com ele e até
respondam a estímulos visuais e sonoros, por exemplo. “Hoje, um
computador pode dizer a diferença [imagens] de cachorros e gatos, por
exemplo.”
A tradução de imagens envolve também o
conceito de “redes neurais”, que, segundo explica Good, tenta levar para
os computadores a forma como os cérebros humanos processam o
pensamento. “Quando você baixa o pacote de português ou russo, também
baixa a forma de pensar nessas línguas”, compara.
Imagens com texto manuscrito podem ser
um problema, reconhece o engenheiro. “Às vezes mesmo um humano não
entende o que está escrito quando é a caligrafia de outra pessoa”,
brinca Good.
Outra mudança no aplicativo foi a
tradução de conversas, que está mais veloz e foi ampliada para abranger
32 línguas. As duas novidades começam a ser liberadas gradualmente tanto
para o aplicativo Android quando para o iOS nas próximas semanas.
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G1
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