UMARIZAL/RN
Prefeito de Umarizal Carlindson Onofre Pereira de Melo
(Foto: Arquivo Pessoal)
(Foto: Arquivo Pessoal)
O G1 tentou falar com os advogados do prefeito, mas não conseguiu contato.
Além do afastamento do prefeito, 17 promotores de Justiça, delegados e agentes de Polícia Civil deram cumprimento a 15 mandados de apreensão, seis de prisão preventiva e três de condução coercitiva (com o uso da força se necessário) em Umarizal, Martins, Natal e Parnamirim.
Segundo o MP, os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça e pelo Juízo da Comarca de Umarizal. Participam da operação a Procuradoria Geral de Justiça, Promotoria de Umarizal e do GAECO, com apoio da Polícia Civil, atuam na operação nesta quarta-feira.
O esquema
Ainda de acordo com o MP, o chefe do executivo de Umarizal tem envolvimento direto no esquema. Em razão disso, o procurador geral de Justiça, Rinaldo Reis, pediu o afastamento de Carlindson Onofre Pereira de Melo do exercício do mandato. A decisão favorável, no entanto, foi do desembargador Expedido Ferreira, que também determinou pelo cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do prefeito e no gabinete dele na sede da prefeitura.
“No curso da investigação, restou evidenciada a existência de um esquema de desvio de dinheiro através do Termo de Convênio celebrado entre a Prefeitura Municipal de Umarizal e o Banco Gerador S.A. para a concessão de empréstimos consignados e financiamentos aos servidores ativos e inativos daquela edilidade, pelo qual foram firmados 109 empréstimos dessa natureza na Prefeitura de Umarizal, sendo liberado nas contas dos interessados o valor total de R$ 1.571.792,33, o que gerou um saldo devedor aproximado de R$ 2.043.625,34 atualizado até o ano de 2014”, afirmou o Ministério Público.
Entretanto, ainda segundo as investigações, dos 109 beneficiários dos empréstimos, 98 sequer fazem parte do quadro de servidores públicos do Município de Umarizal. “Tais empréstimos tiveram início no ano de 2010, na gestão do ex-prefeito e um dos investigados, e prosseguiu, até meados do ano de 2013. Portanto, no início da gestão do atual prefeito”, acrescentou.
O MP afirma também que os investigados, “de forma organizada e com divisão de tarefas, fraudavam contracheques e, após o depósito do dinheiro nas contas dos beneficiários por parte do banco, sacavam e transferiam o montante em benefício do grupo criminoso e para financiar a campanha eleitoral do candidato vencedor das eleições locais de 2012”.
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