O presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha, descartou nesta sexta-feira (24) se afastar do comando da
Casa caso seja denunciado por envolvimento na Operação Lava Jato,
segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Este mês, o lobista Julio Camargo, um
dos delatores da Operação Lava Jato, declarou à Justiça Federal que o
suposto operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, Fernando
Falcão Soares, o Fernando Baiano, lhe disse que estava sendo pressionado
pelo deputado Cunha (PMDB-RJ) para o pagamento de propina.
Os valores da propina teriam saído de
compras de navios-sonda. “Julio, realmente nós estamos com um problema,
porque eu estou sendo pressionado violentamente, inclusive, pelo
deputado Eduardo Cunha”, disse Julio Camargo, atribuindo a frase a
Fernando Baiano.
Ainda segundo o lobista, Fernando Baiano
disse a ele: “Isso aí vai chegar numa situação muita embaraçosa para
mim, mas para você, com certeza vai ser muito mais embaraçosa”.
Por sua vez, Cunha declarou que as afirmações do lobista foram feitas a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Ele acusou Janot de forçar a mudança no
depoimento de Camargo a fim de validar a delação premiada do lobista. Em
nota, o deputado afirmou que Camargo já fez vários depoimentos, em que
não havia confirmado qualquer fato referente a ele desmentindo
declarações do doleiro Alberto Youssef.
R7
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