sexta-feira, 31 de julho de 2015

Governo deve cortar mais R$ 2 bi no orçamento da Educação este ano. Segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, corte adicionar amplia para R$ 11 bilhões o bloqueio sobre os repasses aos programas educacionais

PÁTRIA EDUCADORA
 
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O governo vai fazer corte adicional de até 2 bilhões de reais no orçamento do Ministério da Educação deste ano que, se concretizado integralmente, amplia para mais de 11 bilhões de reais o bloqueio sobre os programas educacionais, informaram à agência de notícias Reuters nesta quinta-feira duas fontes do governo com conhecimento sobre o assunto.

Com isso, a área de Educação poderá responder sozinha por quase um quarto do corte adicional de 8,6 bilhões de reais nas despesas de 2015 anunciado na semana passada e que faz parte do novo ajuste fiscal. “O Ministério da Educação será uma das pastas mais atingidas pelo novo corte”, disse uma fonte do governo. Uma segunda fonte do governo disse que a tesoura será maior no MEC porque possui um dos maiores orçamentos em comparação aos demais ministérios.

Procurado, o Ministério da Educação não tinha alguém imediatamente disponível para comentar o assunto. Já o Ministério do Planejamento, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que somente se manifestará após a publicação do decreto de Programação Orçamentária e Financeira, que deve ocorrer ainda nesta quinta-feira por meio de edição extra do Diário Oficial da União.

Com o slogan “Brasil Pátria Educadora”, o governo da presidente Dilma Roussef já havia feito um corte de quase 9,5 bilhões de reais na Educação neste ano, como parte do contingenciamento de 70 bilhões de reais em maio e que já havia imposto à pasta a desaceleração em vários programas educacionais.

As ações de empresas de educação caíram nesta quinta, na Bolsa de Valores. Às 15 horas, Kroton Educacional caía mais de 4% por cento e Estácio Participações desabava mais de 5%. O Ibovespa tinha perdxas de 0,68%. Fora do principal índice da bolsa, Ser Educacional perdia quase 5% e Anima Educação abandonou os ganhos e declinava cerca de 2,5%.

Com a economia cada vez pior, com previsões de analistas de recessão para este e o próximo ano e que afetam diretamente a arrecadação, a equipe econômica teve de reduzir as metas fiscais para este e os próximos anos na semana passada, quando também divulgou corte adicional total de 8,6 bilhões de reais, mas sem especificar quais áreas e de que maneira seriam atingidas.



Fonte: Veja

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