A divulgação do retrato falado de suspeitos por crimes é um método já usado pela policia judiciária há bastante tempo, mas as novas tecnologias têm aproximado, cada vez mais, os desenhos da realidade e ajudado na identificação desses criminosos anônimos. Com isso, o Itep aplicou nova técnica e aperfeiçoou o retrato falado de um suspeito de cometer estupro no bairro de San Vale, em Natal.
DivulgaçãoNovo retrato falado foi utilizado somente com informações da Polícia Civil
Depois da divulgação do primeiro retrato falado do suspeito, várias pessoas questionaram a eficácia da divulgação da imagem. Segundo o auxiliar de Identificação Francisco Canindé, que tem conseguido produzir imagens com mais verossimilhança usando técnicas de Reprodução Facial Humana (RFH) e ferramentas digitais, o resultado desse trabalho está diretamente relacionado ao fator emocional da vítima e se as circunstâncias do crime permitiram ela ver detalhes do rosto do suspeito.
“Na representação prosopográfica, as vítimas descrevem o máximo de elementos que elas conseguem lembrar, como cor dos olhos, espessura dos lábios, tipo de cabelo. Eu tenho um banco de dados como inúmeras partes do rosto humano, o que ajuda como ponto de partida, e durante a produção vou fazendo as correções que a pessoa indicar. Ao final, a imagem tem que ter pelo menos 70% de verossimilhança para ser considerada boa para divulgação”, explicou Francisco Canindé.
De acordo com o profissional, o novo retrato falado foi realizado somente para demonstrar a capacidade de realismo que podemos alcançar nas representações.
"Nesse modelo, usei como base informações divulgadas pela Polícia Civil de um suspeito de cometer estupro, mas é claro, que para ter o máximo de verossimilhança com o criminoso era preciso que a vítima me fizesse uma descrição detalhada”, pontuou.
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