O
governo federal e os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo vão
processar a Samarco e as empresas Vale e BHP Billiton para que arquem
com R$ 20 bilhões para as despesas de recuperação dos danos e
revitalização das áreas atingidas pela tragédia ocorrida na região após o
rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração no município de
Mariana (MG), que resultou no despejo de mais de 50 toneladas de lama ao
longo de 850 quilômetros do Rio Doce nos dois estados.
A ação foi proposta após avaliação feita pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Chico Mendes. De
acordo com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a ação será
contra a Samarco, a Vale e a empresa anglo-australiana BHP Billiton. Ele
informou que, como o dano permanece, o valor ainda pode ser alterado ao
longo da ação.
A intenção do governo é que as empresas façam um
ajustamento direto com a Justiça, mas, caso isso não ocorra, a União e
os estados podem pedir o sequestro dos recursos com base no faturamento
ou no lucro dessas empresas.
Segundo
a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou da
reunião, cabe às empresas a responsabilidade cível, criminal e dos
danos, além das multas, e dessa forma os recursos não serão obtidos por
meio do Orçamento Geral da União.
“O que
foi perdido ali está perdido. A cadeia biológica não sera reconstruída.
Temos que criar condições [para que haja revitalização da bacia].
Teremos que remediar determinadas áreas, trabalhar com sociedade civil e
avaliar [os danos]”, disse Izabella.
fonte:AgoraRN
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