Raro, para não dizer impossível, um treinador de futebol agradar aos torcedores de seu clube e ao mesmo tempo conquistar o respeito dos adversários. Adenor Leonardo Bachi, o Tite, 54 anos, gaúcho de Caxias do Sul, conquistou essa dupla condição. A quatro rodadas do final do Campeonato Brasileiro, ele levou o Corinthians ao título, com uma campanha irretocável. Somando-se à vitória do Brasileirão de 2011, a Libertadores e o Mundial de 2012, virou unanimidade entre os alvinegros que, em períodos de baixa, chegaram a alcunhá-lo de "empatite", dada a imensa quantidade de jogos insossos. O sucesso de Tite o faz, automaticamente, virar nome na ponta da língua para o lugar de Dunga na seleção brasileira, se for mesmo o caso de substituí-lo.
Afinal de contas, treinador vence jogo?
Participa, é peça fundamental. Mas também erra muito. Em um jogo contra o Coritiba eu chamei o Edílson (lateral do Corinthians) para passar uma instrução e tomamos um contra-ataque. Olhei para o banco e me desculpei: "Fui eu, estou sabendo".
Correto, treinador então pode fazer um time levar gols. Mas o título brasileiro do Corinthians põe o senhor como um grande vencedor, e autoriza uma hipótese: seleção brasileira, sim ou não?
Não vou entrar nessa condicional, pois sei muito bem a polêmica que pode gerar. Quero curtir este momento no Corinthians. Curtir o trabalho realizado e colher os frutos do meu ano sabático, em 2014, estudando o futebol europeu.
Dizer não à seleção é postura ética ou confiança no Dunga?
Não posso responder. Qualquer palavra que eu coloque vai ser passível de interpretação, e tu sabes bem o canhão que ele (Dunga) é… A minha contribuição para o futebol brasileiro, por ora, é essa, com os bons resultados do Campeonato Brasileiro.
fonte:Veja
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