Assessoria/AL
A Justiça autorizou a investigação contra o deputado Ricardo Motta para apurar um susposto desvio de recursos no Idema.
Escolhido por sorteio, o desembargador João Rebouças tomou a decisão nesta sexta-feira (26). Ele ainda aplicou jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, decidida pelo Pleno (colégio de desembargadores), segundo a qual, eventuais pedidos de quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico, busca e apreensão, obrigatoriamente dependem de prévia autorização do relator.
O pedido foi realizado 48 horas após o fim das Audiências de Instrução e Julgamento da Operação Candeeiro, na 6ª Vara Criminal. Em seu depoimento, na última segunda-feira (22), Gutson Reinaldo disse que o parlamentar ficava com 60% do montante desviado do Idema. O valor pode ter chegado até R$ 32 milhões, entre os anos de 2013 e 2014. Ele revelou ainda que ficou com 20% do valor e relatou que os outros 20% foram divididos entre dois ou três réus do processo.
A princípio, a informação era de que o dinheiro desviado poderia chegar aos R$ 19 milhões. Contudo, o delator do processo e ex-diretor do Setor Financeiro do Idema, Clebson José Bezerril, revelou ainda em dezembro do ano passado, através do acordo de delação premiada, que o valor dos desvios podem se aproximar a cifra de R$ 32 milhões.
Tentando diminuir a pena, ou até mesmo obter o perdão judicial, Gutson Reinaldo disse que estava disposto a assinar o Acordo de Delação Premiada com o Ministério Público, isso às vésperas do início das Audiências de Instrução e Julgamento, que começou na semana passada. Apesar de ter se mostrado favorável ao acordo, as negociações entre o advogado dele, Fábio Hollanda e os promotores de Justiça do Patrimônio Público não tiveram êxito até o momento.
por:Nominuto
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