A candidata a prefeitura de Natal pelo PSTU, Rosália Fernandes,
declarou na noite de ontem (24) em entrevista na Rádio 98FM que vai
suspender a licitação do transporte público de Natal, que não ainda não
tem data para ser judicializada. A intenção dela é criar uma empresa
pública para gerir o sistema, ou seja, vai estatizar o transporte
público, caso seja eleita.
Na entrevista conduzida pelos jornalistas Felinto Rodrigues e Jean
Valério, no programa Reporter 98, Rosália disse que a medida não traria
desemprego para o setor. "Não vamos fazer a licitação. Vamos criar uma
empresa de transporte, estatizar e absorver os funcionários das
empresas. Precisamos parar de promover um sistema para o lucro das
empresas e pensar num transporte público para a população e entendo que
esse é o dever do poder público", disse.
O projeto para a licitação dos ônibus foi aprovado pela Câmara
Municipal há um ano e se tornou lei. Porém, o modelo projetado pelos
vereadores, juntamente com a equipe técnica da prefeitura sofreu vetos
da parte do prefeito, especialmente quando se trata do conforto dos
veículos. A Câmara derrubou os vetos e promulgou a lei, mas o prefeito
judicializou a questão e foi atendido pelo Tribunal de Justiça do
estado. Carlos Eduardo disse nesta semana na 98FM que o edital para
licitação já está sendo confeccionado e que pretende deflagrá-lo ainda
neste ano.
Se Rosália vencer as eleições, esse edital seria suspenso. Ela
disse ainda que pretende fortalecer outros modais, como o trem urbano,
por exemplo. Sua intenção é firmar convênios com as prefeituras da
região metropolitana de Nata e com o governo federal. "Buscaremos
convênios com as prefeituras dos municípios e com o governo federal para
ampliação do trem nos municípios e integrar com os ônibus", ressaltou.
Essas medidas impactariam significativamente no valor da tarifa que
seria menor do que a que é praticada atualmente.
Além disso, ela quer cobrar aos grandes devedores, R$ 1,2 bilhão em
dívidas, entre eles as empresas de transporte público (Seturn). "O
Seturn deve R$ 45 mihões e um dos times deve R$ 11 mihões e ainda
financiou a campanha do prefeito", denunciou.
Entre suas propostas, ela pretende aumentar investimentos na saúde,
educação e reduzir drasticamente o gasto com pessoal. "Na saúde
queremos retirar o investimento que se faz com convênios do setor
privado e transferi-los para o setor público", diz.
Para tanto, quer reduzir os salários de todos os cargos políticos,
como o do chefe do executivo, vereadores e secretários. A ideia é que
fique em até R$ 5 mil, equilibrando ao dos professores e/ou operário
especializado. Rosália também disse que suspenderia o pagamento da
dívida pública municipal e autorizaria uma auditoria para investigar o
quanto já foi pago. "Tem que ser feito auditoria porque acreditamos que
essa dívida já foi paga", diz Rosália.
Para governar, ela pretende incluir a população nas decisões
criando um conselho popular formado por cerca de 900 pessoas. "Temos a
proposta de criação de um conselho popular com um delegado para cada mil
habitantes para governarmos com a participação popular", promete.
A candidata do PSTU é a que terá menor tempo de rádio e televisão
para apresentar suas propostas. Será apenas 8 segundos. "Enquanto outros
partidos têm mais de quatro minutos, temos apenas 8 segundos. Como a
campanha é mais curta vamos utilizar as redes sociais, mídias e corpo a
corpo", disse.
por:Cláudio Oliveira /|Foto: Frankie Marcon/NovoJornal
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