Deputados abrirão discussão em audiência pública
“São medidas duras, como o aumento do tempo de serviço, mas estamos abertos e solidários e esta Casa dará todo o apoio para que as discussões possam ser as mais amplas possíveis”, garantiu o presidente. Ezequiel Ferreira avaliou que a reforma sendo aprovada nos moldes em que está apresentada, poderá ter consequências no caso específico do RN; Estado que enfrenta dificuldades financeiras e muitas cidades passam pelo colapso no abastecimento de água, dificultando a vida do trabalhador rural e afetando a zona urbana também.
O deputado Fernando Mineiro (PT) disse que há estudos que mostram que em nenhum país houve uma reforma “tão grave”. “Muitas pessoas ainda não se tocaram do que está por vir com essa reforma, que vai causar um grande impacto na economia das cidades. Trata-se da reforma mais drástica que o País está passando”, disse. O deputado Nélter Queiroz (PMDB) também presente à reunião, demonstrou a sua preocupação com as consequências da reforma.
O assessor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RN (Fetarn) Gilberto Silva, afirmou que a situação para o homem do campo vai ficar ainda mais difícil caso a reforma seja aprovada no Congresso. “Estamos num momento muito delicado, são seis anos de seca que podem provocar um êxodo rural e trazer outras consequências como o prejuízo econômico, afetando o comércio”, afirmou.
Elizabeth Fernandes, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmou que este é um momento para que a bancada federal demonstre seu apoio aos trabalhadores potiguares: “É importante sensibilizar nossos representantes no Senado e Câmara nesta hora”, disse.
O diácono Francisco Adilson da Silva, da Arquidiocese de Natal, disse que está havendo um desmembramento das políticas públicas. “As consequências serão graves, com o risco de haver saques devido à quebra na política de assistência social”, afirmou.
Ao final da reunião, os sindicalistas entregaram ao presidente da Assembleia um documento que traz um estudo sobre as potencialidades e desafios do setor rural do RN.
( Eduardo Maia/AgoraRN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário