Cerca de 9.000 eleitores de Trump, segundo a rede CNN, com camisetas, bonés e cartazes em apoio ao magnata, compareceram ao comício no hangar do aeroporto internacional de Orlando-Melbourne. “Quero falar com vocês sem o filtro das notícias falsas”, declarou o presidente. “A mídia desonesta publicou uma história falsa após a outra, sem fontes – eles dizem que as têm, mas às vezes inventam”, insistiu.
Em rara aparição, a primeira-dama, Melania Trump, foi responsável por introduzir o discurso de seu marido, pedindo que a plateia a acompanhasse em uma oração. “Sempre vou ser verdadeira comigo mesma e com vocês, não importa o que a oposição diz sobre mim”, afirmou a ex-modelo. “Estou comprometida com criar e apoiar iniciativas próximas a meu coração, que vão impactar mulheres e crianças”, completou. A ex-modelo foi foco de especulações da imprensa por estar pouco presente em eventos da Presidência e ainda não se mudou para Casa Branca. Ela deve esperar até o meio do ano para que o filho, Barron, termine o ano escolar em Nova York.
Com tom populista, o presidente tocou em tópicos comuns de sua campanha e afirmou que organizou o comício para relatar o sucesso de seu primeiro mês de trabalho. Trump disse que o país terá “fronteiras fortes” novamente e que “neste momento, traficantes estão sendo expulsos do país”, comentário que faz clara referência a imigrantes.
O magnata também prometeu mais empregos aos americanos, além do anúncio de novo programa de saúde “nas próximas semanas”, para substituir o “desastroso” Obamacare. Apesar de estar a poucas semanas no cargo, cartazes de “Trump 2020”, pedindo sua reeleição, já apareceram na plateia. Outros davam apoio moral ao republicano, com frases como “Você está indo muito bem, presidente Trump”.
Durante a fala de Trump, um “fã” do presidente foi convidado por ele a subir no palco, depois de ser barrado pelos seguranças. O homem, Gene Huber, abraçou o republicano e falou algumas palavras à plateia. “Eu não diria que o Serviço Secreto está animado com isso, mas nós conhecemos o nosso povo”, brincou Trump.
Síria
O presidente americano também disse que irá criar “zonas de segurança” na Síria e em outros países do Oriente Médio para pessoas que fogem dos conflitos e afirmou que as nações do Golfo Pérsico as pagarão. Segundo Trump, tais áreas evitariam que os Estados Unidos recebessem “dezenas de milhares de pessoas” das quais não “se sabe nada”, em referência aos refugiados. O magnata fez estes comentários após defender seu controverso decreto migratório, suspenso pela Justiça, e reiterar que, na próxima semana, vai anunciar outra medida sobre imigração que deixará seus eleitores “impressionados”.
(Com EFE)
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