Desde a década de 90 PSDB e PT
revezavam-se no poder. A Operação Lava jato mostrou que os maiores
líderes destes partidos estavam igualmente envolvidos em gigantescos
esquemas de corrupção. A proximidade das eleições de 2018 somada a
incapacidade do PSDB de gerar simpatia pelo eleitorado oriundo das
classes trabalhadoras está fazendo com que figuras de enorme prestígio
dentro do partido participem de espetáculos vexatórios onde um
ex-presidente acusa de incompetência o atual prefeito da maior capital
do Brasil.
Depois de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) dizer que o prefeito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), não mudou nada na cidade e só conseguiu “algum sucesso” porque domina a comunicação em redes sociais, Doria reagiu.
“O ex-presidente Fernando Henrique precisa sair um pouco de seu apartamento e visitar São Paulo”, disse o prefeito paulistano ao jornal O Estado de S. Paulo.
Em março, em entrevista ao Estado de S. Paulo,
o ex-presidente criticou indiretamente o principal discurso de Doria,
de que ele é um gestor, e não político. “Se você for um gestor, não vai
inspirar nada. Tem que ser líder”, afirmou.
Ao jornal O Globo, FHC disse
que o correligionário “está começando” e que considerava “prematuro”
pensar no nome dele para 2018, “porque ele tem um mês de governo”. O
ex-presidente também declarou que “credibilidade não é igual a
popularidade”.
Em sua resposta, o prefeito lembrou que o
ex-presidente havia errado dois prognósticos sobre ele. “Fernando
Henrique Cardoso previu que eu não seria eleito nas prévias para ser
candidato pelo PSDB. Apoiou outro candidato. Ele mesmo já confessou que,
quando comecei campanha para prefeito de SP, acreditava que eu não
seria eleito. Venci as duas. Os dois primeiros prognósticos do FHC ele
errou”, replicou o prefeito.
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