POSIÇÃO
Garibaldi Alves Filho descartou assumir o lugar de Renan Calheiros no Senado
O senador potiguar Garibaldi Alves Filho rechaçou a possibilidade,
nesta quarta-feira 28, de ocupar o posto de líder do PMDB no Senado, com
a iminente saída de Renan Calheiros do cargo. A permanência de Renan na
liderança da agremiação ficou insustentável após o alagoano ter
disparado duras críticas contra a reforma trabalhista e o governo Michel
Temer.
Na sessão deliberativa do Senado da última terça-feira,
27, ao insinuar que poderia alterar os nomes do PMDB que integram a
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para votar as mudanças na
legislação trabalhista, por ser líder da legenda, Renan trocou farpas
com outros caciques do PMDB, incluindo Garibaldi.
Em
pronunciamento, o potiguar revelou descontentamento com a possibilidade
ventilada. “Eu acho que Vossa Excelência está desrespeitando os
compromissos para com a nossa bancada”, disse a Renan. “Liderança se
conquista, liderança não se impõe e não ameaça”, complementou.
Na
réplica, o alagoano sugeriu que a insatisfação de Garibaldi estaria
relacionada à prisão de seu primo, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves
(PMDB). “Eu entendo a provocação do senador Garibaldi. Nós estamos,
injusta ou injustamente, com a prisão do ex-presidente da outra casa do
Congresso Nacional, sob a acusação de integrar uma quadrilha”, incitou.
O
clima, então, ficou tenso e Garibaldi interrompeu o colega pedindo
“respeito”. Com o novo episódio de atrito envolvendo Renan Calheiros,
outros senadores da bancada do PMDB iniciarem uma articulação para
trocar a liderança do partido, e o nome de Garibaldi foi especulado.
Contudo,
em nota encaminhada por sua assessoria de imprensa, o senador disse ter
recusado o posto. “Realmente, o meu nome foi cogitado para assumir a
liderança do PMDB. Porém, embora isso tenha me deixado lisonjeado,
agradeci a lembrança, mas não aceitei”, afirmou o peemedebista.
(Tiago Rebolo/AgoraRN)
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