EXCLUSIVO
Robinson Faria, governador do RN
O governador Robinson Faria (PSD) afirmou que está executando “tudo o
que está ao seu alcance” na gestão da segurança pública no Rio Grande
do Norte. Em entrevista ao Portal Agora RN/Agora Jornal, o chefe do
Executivo estadual contou que as críticas formuladas ao seu governo
nesta área não lhe incomodam. “Haverá críticas a vida inteira, porque
segurança nunca vai ser 100%, mas eu estou fazendo tudo o que está ao
meu alcance”, diz.
Ao elencar alguns dos investimentos efetuados
pelo governo na área de segurança, Robinson destaca a promoção de
agentes. “Fui o governador que mais promovi policiais militares. De
8.500, já promovi 6.500. Fiz em dois anos o que não fizeram em vinte”,
assinala. “Além disso, estou investindo em tecnologia, equipando o
Ciosp, e comprando automóveis para botar polícia na rua”, complementa.
Robinson
frisa ainda que o atual governo trabalha na elaboração de um concurso
para contratação de agentes da Polícia Civil. De acordo com o
governador, serão 3 mil novos policiais admitidos. Somado a isso, o
chefe do Executivo estadual menciona a expansão do “Ronda Cidadã”,
projeto aproxima a polícia das comunidades e tem o foco voltado para o
acolhimento, a inclusão social e a cidadania. “A Ronda será expandida.
Levamos para Mossoró e lá está sendo um sucesso. Queremos levar também
para Parnamirim, Caicó e Macaíba”, planeja.
Além das medidas
apresentadas acima, o governador registra a construção de novas unidades
prisionais, com o foco de reduzir a superlotação nos presídios do
estado. Uma delas é a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia
Floresta, onde 26 detentos morreram após uma violenta rebelião em
janeiro. Parcialmente destruída no confronto entre os internos, a prisão
teve um dos pavilhões reconstruído e reinaugurado. “Estou recuperando
Alcaçuz e fazendo dois novos presídios [em Afonso Bezerra], com padrão
moderno, de segurança máxima. Uma coisa está ligada à outra”, afirma o
governador.
Apesar dos investimentos destacados por Robinson, o
Rio Grande do Norte já registrou, apenas em 2017, mais de 1,1 mil
mortes, segundo levantamento do Observatório da Violência Letal
Intencional (Obvio), que contabiliza crimes violentos no estado. O
governador credita a onda de violência à crise nacional no setor de
segurança. “A crise é nacional. As facções enriqueceram com o tráfico
[de drogas] e o armamento e perderam o medo do Estado. Elas desafiaram o
Estado e estamos em uma guerra civil”, lamenta.
Porém, o
governador diz estar “fazendo o dever de casa”. “O governo que mais teve
políticas públicas para a segurança foi o meu. As críticas até me
desafiam, mas eu tenho a consciência aberta. Depois dos quatro anos do
meu mandato, virá o julgamento e o povo verá que o meu governo deixou um
legado na segurança”, resume.
GOVERNO TEMER
O
governador afirmou que a crise política e econômica brasileira afetam o
Rio Grande do Norte por gerar “insegurança e pessimismo”. Entretanto,
ele conta que a relação com o governo federal tem sido “muito boa”.
“Fechamos
um convênio com o presidente Michel Temer na área da saúde que trará R$
150 milhões. Será importante para o custeio de UTIs e realização de
cirurgias eletivas. Também construiremos o hospital da Polícia Militar e
uma central de diagnósticos. Vou fazer ainda o Hospital da Mulher em
Mossoró, que vai ser uma redenção para atender toda a região Oeste. Isso
vai mudar o perfil da saúde. Vou deixar mais esse legado”, assinala.
ELEIÇÕES 2018
Questionado
sobre a possibilidade de se candidatar a reeleição em 2018, Robinson
declarou que não está “preocupado” com isso. “Eu não durmo e acordo
pensando nisso. Durmo e acordo é pensando em cumprir a minha missão, de
ser o governador da justiça social. Estamos entregando 20 restaurantes
populares e ações de microcrédito. Isso é o que me realiza. Minha
preocupação é cumprir a minha palavra”, finalizou.
( Tiago Rebolo e Rebeca de Cerqueira/AgoraRN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário