JUSTIÇA
A presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, disse nesta segunda-feira (20)
que o cadastro de todos os presidiários do país vai estar concluído até
abril de 2018.
O sistema foi desenvolvido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça),
também presidido por ela, com o objetivo de formar um banco de dados com
informações processuais e pessoais dos detentos.
O BNMP 2.0 (Banco Nacional de Monitoramento de Prisões) foi
implantado em Roraima e todos os presos já estão incluídos no sistema,
disse a ministra.
Segundo ela, o sistema vai ser implementado em São Paulo e Santa Catarina em 6 de dezembro.
"A
partir daí e até abril do ano que vem nós esperamos entregar ao Brasil o
cadastro de pleno conhecimento, cumprindo, claro, uma determinação do
Supremo Tribunal Federal que determinou que o Conselho Nacional de
Justiça fizesse isso. O Conselho cumpriu a ordem", afirmou.
"O
cadastro de presos no Brasil deverá facilitar não apenas a atuação do
juiz, mas também o respeito aos direitos dos presos e das famílias das
vítimas, que saberão em quais condições estão esses processos", disse
Cármen Lúcia durante o XI Encontro Nacional do poder Judiciário, em
Brasília.
Ela destacou que os familiares vão poder acompanhar melhor o andamento processual dos casos.
Uma
das metas da ministra, que estará à frente do CNJ até deixar a
presidência do STF, em setembro de 2018, é fazer um raio-x da população
carcerária do país. Cabe ao CNJ definir as políticas públicas relativas
às penitenciárias.
A situação dos presídios brasileiros é uma das principais preocupações de Cármen Lúcia.
Desde
que assumiu o STF e o CNJ, em setembro de 2016, ela começou a fazer
"visitas-surpresa a alguns presídios do país para verificar a situação
desses locais.
Nesta terça (21), no segundo dia do evento, serão formuladas as metas nacionais do Poder Judiciário para 2018.
"As
políticas públicas do Judiciário não são traçadas em um gabinete em
Brasília, mas a partir da atuação dos juízes espalhados em todas as
comarcas do nosso país", afirmou.
Cármen Lúcia também anunciou que
o CNJ vai testar uma plataforma virtual para conciliar e mediar
conflitos em matéria bancária e reduzir o fluxo de processos. O Conselho
fará uma parceria com Banco Central e Febraban (Federação Brasileira de
Bancos), disse a ministra.
SAÚDE
A ministra também anunciou
a inauguração do NAT-Jus (Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário),
para subsidiar juízes em processos na área de saúde.
Vinculado aos Tribunais de Justiça, o núcleo foi instituído por meio de convênio firmado entre o CNJ e o Hospital Sírio Libanês.
O
sistema foi desenvolvido em parceria pelos departamentos de tecnologia
do CNJ e do TRF-4 (Tribunal Federal da 4ª Região, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e Paraná).
De acordo com o CNJ, "entre 2010 e
2015 foram destinados pela União R$ 3,2 bilhões para atender a
determinações judiciais na compra de medicamentos, equipamentos, dietas,
suplementos alimentares, gastos com cirurgias, internações e depósitos
judiciais, um incremento de 797%". O gasto em 2016 foi de R$ 1,6 bilhão,
segundo o órgão. Com informações da Folhapress.
(por Folhapress)
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