terça-feira, 21 de novembro de 2017

Sem definição partidária, candidatura de Cláudio Santos é cada vez mais incerta. Articulações do desembargador com alguns partidos não têm sido bem-sucedidas, e a incerteza sobre a filiação partidária transformou a candidatura do magistrado em uma incógnita

INDECISÃO
 Cláudio Santos, desembargador
 Desembargador Cláudio Santos, que deve se aposentar do TJRN em janeiro

Um dos nomes cogitados para a disputa das eleições de 2018, seja como possível candidato ao Senado ou até mesmo a governador do Estado, o desembargador Cláudio Santos atua nos bastidores em busca de uma agremiação partidária que abrigue o seu projeto político para o ano que vem. As articulações, contudo, não têm sido bem-sucedidas, e a incerteza sobre a filiação partidária transformou a candidatura do magistrado em uma incógnita.

Das conversas que o desembargador iniciou, a tratativa que mais vinha prosperando era a que envolvia dirigentes do PSDB. O partido, que vem crescendo no Rio Grande do Norte, detém atualmente a maior bancada de deputados na Assembleia Legislativa, tem representação em quase todos os municípios potiguares e tem recebido filiações de diversas lideranças políticas e do meio empresarial.

Por causa do engrandecimento do partido, tucanos começaram a considerar a possibilidade de a legenda ter uma candidatura própria à sucessão do governador Robinson Faria (PSD), e Cláudio Santos seria uma das alternativas internas. Membros que defendem maior protagonismo do partido chegaram a declarar publicamente que o desembargador seria “bem-vindo” na legenda.

Porém, a negociação complicou recentemente. Ligado politicamente ao governador, o presidente do partido, Ezequiel Ferreira, tem conduzido os tucanos para uma aproximação com Robinson, o que levaria a sigla a apoiar a reeleição do atual governante em 2018. Além dele, o partido tem flertado também com o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), o principal nome da oposição atualmente.

Com o movimento do PSDB, mesmo que a filiação de Cláudio Santos se concretize – o que só deverá acontecer no início do ano que vem, quando o desembargador irá se aposentar –, se tornou improvável uma eventual candidatura a governador do magistrado. Outras legendas estão no páreo, mas o tempo exíguo (o prazo para filiação se encerra em abril) exige uma definição rápida.

PRÉ-CANDIDATURAS
Com a exclusão da candidatura de Cláudio Santos, a eleição para o Governo do Estado em 2018 conta atualmente com apenas quatro pré-candidaturas estabelecidas. Além do atual governador Robinson Faria (PSD), que poderá concorrer à reeleição, os outros nomes são a senadora Fátima Bezerra (PT), o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) e a vereadora Clorisa Linhares (PSDC), de Grossos.

(AgoraRN)

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