domingo, 19 de novembro de 2017

Luiz Marinho vira réu pela segunda vez por fraudes no “Museu do Lula.” Ex-prefeito de São Bernardo do Campo é acusado de agir para direcionar licitação da polêmica obra; ele nega irregularidades

BRASIL, POLÍTICA
 Luiz Marinho (Foto: Agência Brasil)
 Luiz Marinho (Foto: Agência Brasil)

O ex-prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do diretório estadual do PT em São Paulo Luiz Marinho (PT) tornou-se réu pela segunda vez, acusado de fraude e falsidade ideológica na licitação para as obras do Museu do Trabalho e do Trabalhador, também conhecido como Museu do Lula, em São Bernardo do Campo.

A Justiça também aceitou a denúncia contra três ex-secretários de sua gestão e o tesoureiro de sua campanha eleitoral em 2008, além de outras 11 pessoas investigadas na Operação Hefesta, que revelou uma série de fraudes envolvendo a obra planejada para ser uma homenagem ao sindicalismo na cidade, que foi o berço político do PT e do ex-presidente Lula.


A primeira denúncia foi apresentada em julho e apontava desvios e fraudes na fase de concepção do projeto. Agora a acusação envolve a licitação para a construção do prédio, que, segundo os investigadores, foi direcionada para empreiteiras que foram favorecidas na gestão de Marinho em troca das doações que fizeram para sua campanha eleitoral.

Para a força-tarefa da Hefesta, houve desvios em todas as etapas do empreendimento. “Há provas de que a concepção, a construção, o gerenciamento e a fiscalização das obras já estavam previamente destinados a um grupo de empresários, de modo que todos os procedimentos licitatórios [em cada uma daquelas etapas] foram burlados, indevidamente dispensados ou fraudados, de modo a atingir aquele desiderato”, aponta a denúncia.


Por meio de sua assessoria, Marinho informou que “tem absoluta convicção da lisura do processo de licitação e obra do Museu do Trabalho e do Trabalhador”.

(MateusCoutinho/Época)

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