sábado, 25 de novembro de 2017

Vereadores de Natal derrubam dois vetos do prefeito e aprovam Projetos de Lei. Dois Projetos de Lei, vetados pelo prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), foram derrubados na sessão ordinária desta quinta, 23, na Câmara Municipal de Natal

DERRUBADOS
 
 Sessão ordinária aconteceu nesta quinta-feira, 23

Dois Projetos de Lei, vetados pelo prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), foram derrubados na sessão ordinária desta quinta-feira, 23, na Câmara Municipal de Natal. O primeiro deles, de autoria do vereador Bispo Francisco de Assis (PRB), propunha o atendimento emergencial aos alunos portadores de diabetes e epilepsia, no âmbito da rede de ensino do Município.
 
A Prefeitura vetou integralmente a matéria, argumentando que o texto continha um vício de inconstitucionalidade formal. Traduzindo: os parlamentares haviam aprovado uma Lei sobre assunto que é de competência do Poder Executivo. Todavia, o impedimento foi derrubado por unanimidade. De acordo com o Bispo Francisco, a iniciativa não gera qualquer custo financeiro para os cofres públicos.
 
“Só quem tem alguém da família com essas doenças é que sabe o tamanho do sofrimento. É preciso que nas escolas tenha uma atenção especial para as crianças que enfrentam este problema, sendo uma segurança a mais para os pais dos alunos”, defendeu o autor do PL. “Para quem diz que a bancada governista é subserviente ao prefeito, eis a resposta: derrubamos o veto dele e a Lei foi aprovada”, pontuou.
 
Para a vereadora Carla Dickson (PROS), médica de formação, o projeto pode ajudar a salvar vidas. “Indivíduos com diabetes correm um risco de hiperglicemia ou hipoglicemia, que são as emergências médicas endocrinológicas mais frequentes, de fácil tratamento e da qual a maioria dos pacientes se restabelece completamente, sem sequelas, desde que devidamente diagnosticadas e tratadas prontamente. Enquanto isso, a epilepsia é a causa mais comum de distúrbio neurológico na infância”.
 
O segundo projeto vetado pelo Executivo, apresentado pela vereadora Eleika Bezerra (PSL), dispõe sobre a obrigatoriedade da presença de intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todos os eventos públicos oficiais da capital potiguar. A proposição foi subscrita pelas vereadoras Carla Dickson e Júlia Arruda (PDT), além dos vereadores Sandro Pimentel (Psol) e Cícero Martins (PTB). A Prefeitura alegou vício de iniciativa para vetar a proposta.
 
“Ressalto que os intérpretes de língua de sinais surgiram devido à necessidade da comunidade surda de possuir um especialista que auxiliasse no processo de comunicação com as pessoas ouvintes. Inicialmente, a atuação era informal, ou seja, pais ou membros da família da pessoa surda faziam essa função. Entretanto, para que isso ocorresse de modo formal foi necessário que a Língua Brasileira de Sinais fosse oficializada. Atualmente há leis em vigor que regulamentam a profissão”, explicou Eleika Bezerra.
 
A vereadora Júlia Arruda disse que faltou sensibilidade da parte do Executivo ao apreciar um texto que contribui para a inclusão social. “O preconceito e a discriminação ainda são barreiras para as pessoas com deficiência e criam obstáculos como a falta de oportunidades. Dito isso, vetar uma matéria como essa que a vereadora Eleika apresentou, é dar marcha à ré no processo de inclusão pelo qual tanto lutamos”, avaliou a parlamentar.
 
Autismo
Na sequência, foi aprovado, em segunda discussão, um projeto de lei encaminhado pelo presidente da Casa, vereador Raniere Barbosa (PDT), que obriga os estabelecimentos públicos e privados da cidade a inserir nas placas de atendimento prioritário o símbolo mundial do autismo.
 
“Com a sinalização disponível, asseguramos o respeito e o tratamento adequado para estas pessoas, sejam elas, adultos ou crianças, as quais fazem parte da grande comunidade de pessoas com deficiência em nosso município”, detalhou Raniere, informando que a marca consiste em um laço de quebra-cabeça em cores diferentes.
 
(AgoraRN)

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