DELAÇÃO
O governador do Rio, Luiz
Fernando Pezão (PMDB), teria recebido R$ 4,8 milhões de um dos
operadores do esquema de propina de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio.
A informação consta da deleção premiada de um funcionário do doleiro Álvaro José Novis.
Segundo
o delator Edimar Moreira Dantas, o governador era identificado como "Pé
Grande" nas planilhas entregues aos procuradores.
A notícia foi divulgada pela Rede Globo nesta segunda (20).
De
acordo com Dantas, ele gerenciava uma conta criada exclusivamente para o
pagamento de propinas. Na delação, o funcionário do doleiro informou
que o dinheiro era enviado pela Fetranspor, a Federação das Empresas de
Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro.
O
governador disse que não conhece e nunca esteve com Dantas e garantiu
que jamais tratou de pagamento ou recebimento de recursos ilícitos.
Ao Ministério Público, o funcionário de Novis afirmou que o dinheiro era entregue a um intermediário identificado como Luís.
INTERMEDIÁRIO
Para
os procuradores, o intermediário seria Luís Carlos Vidal Barroso,
assessor do governador ainda contratado do governo do Estado.
Nas
planilhas do doleiro aparecem cinco pagamentos a Pé Grande, num total de
R$ 4,8 milhões. Os pagamentos foram feitos de 22 de julho de 2014 a 8
de maio de 2015.
Nessas datas, Pezão já tinha assumido o cargo de governador do Rio.
Em
maio, relatório da Polícia Federal apontou que o governador do Rio
recebeu R$ 490 mil do esquema de propina montado pelo ex-governador
Sérgio Cabral (PMDB).
Os indícios descritos pela PF constam de
bilhetes apreendidos na casa de Luiz Carlos Bezerra, ex-assessor de
Cabral apontado como um dos operadores financeiro do grupo.
Os
nomes "Pezão", "Big Foot", "Pé" e "Pezone" estão relacionados a
pagamentos feitos entre fevereiro de 2013 e março de 2014. Nesta época,
pezão era vice-governador de Cabral.
Em fevereiro deste ano, o juiz
Marcelo Bretas já havia enviado indícios contra Pezão ao STJ (Superior
Tribunal de Justiça) decorrentes de bilhetes de Bezerra. À época, a soma
indicava R$ 190 mil.
(Com informações da Folhapress)
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