BRASIL, POLÍTICA
O sucesso obtido na reforma trabalhista de Michel Temer credenciou
Rogério Marinho para a missão de coordenar a elaboração e a aprovação da
reforma da Previdência no governo de Jair Bolsonaro.
Em 2019, o secretário trabalhou como um escravo em prol da reforma e foi capaz de liderar por meio de consenso, ou do “bom senso“, como ele diz, a negociação com os parlamentares.
Na Câmara, o texto-base da reforma foi aprovado no plenário, em primeiro turno, por um placar de 379 votos a favor e 131 contrários.
O resultado surpreendeu até mesmo os governistas mais otimistas.
Pelo sucesso, o secretário foi elogiado por Paulo Guedes: “Esta reforma da Previdência não seria aprovada se não fosse o Marinho.”
No Ministério da Economia, o secretário ganhou mais poderes.
Sob os seus auspícios, foi criado o Grupo de Altos Estudos do Trabalho
(GAET), composto por magistrados encarregados de continuar a tentar
modernizar as relações trabalhistas no país — tarefa árdua, haja vista a
resistência dos sindicalistas de toga que insistem em torpedear até
mesmo a reforma feita durante o governo Temer,
Em Brasília, correu também o burburinho de que Rogério Marinho poderia assumir a articulação política do governo.
Um deputado do PSL disse a O Antagonista que Bolsonaro, em reunião com parlamentares aliados, afirmou que o ex-deputado “merece algum ministério”.
Rogério Marinho, no entanto, não conseguiu vencer todas.
Apesar da aprovação da reforma da Previdência, não pôde evitar que a proposta fosse desidratada no Congresso — principalmente no Senado.
Em dezembro, O Antagonista noticiou que integrantes do GAET estavam trabalhando na volta do famigerado imposto sindical, extinto sob Michel Temer. Ele voltaria sob o nome de “taxa de liberdade sindical obrigatória“. Marinho chamou o fato de “fake news“. Foi uma escorregada.
Com a aprovação da nova Previdência, o objetivo de Rogério Marinho em 2020 é acelerar a tramitação das próximas reformas: a tributária e a administrativa.
É hora de virar a página.
(Por:O Antagonista)
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