quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Rogério Marinho, o homem da reforma da Previdência

BRASIL,  POLÍTICA
 

O sucesso obtido na reforma trabalhista de Michel Temer credenciou Rogério Marinho para a missão de coordenar a elaboração e a aprovação da reforma da Previdência no governo de Jair Bolsonaro.

Em 2019, o secretário trabalhou como um escravo em prol da reforma e foi capaz de liderar por meio de consenso, ou do “bom senso“, como ele diz, a negociação com os parlamentares.

Na Câmara, o texto-base da reforma foi aprovado no plenário, em primeiro turno, por um placar de 379 votos a favor e 131 contrários.

O resultado surpreendeu até mesmo os governistas mais otimistas.

Pelo sucesso, o secretário foi elogiado por Paulo Guedes: “Esta reforma da Previdência não seria aprovada se não fosse o Marinho.”

No Ministério da Economia, o secretário ganhou mais poderes. Sob os seus auspícios, foi criado o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (GAET), composto por magistrados encarregados de continuar a tentar modernizar as relações trabalhistas no país — tarefa árdua, haja vista a resistência dos sindicalistas de toga que insistem em torpedear até mesmo a reforma feita durante o governo Temer,

Em Brasília, correu também o burburinho de que Rogério Marinho poderia assumir a articulação política do governo.

Um deputado do PSL disse a O Antagonista que Bolsonaro, em reunião com parlamentares aliados, afirmou que o ex-deputado “merece algum ministério”.

Rogério Marinho, no entanto, não conseguiu vencer todas.

Apesar da aprovação da reforma da Previdência, não pôde evitar que a proposta fosse desidratada no Congresso — principalmente no Senado.

Em dezembro, O Antagonista noticiou que integrantes do GAET estavam trabalhando na volta do famigerado imposto sindical, extinto sob Michel Temer. Ele voltaria sob o nome de “taxa de liberdade sindical obrigatória“. Marinho chamou o fato de “fake news“. Foi uma escorregada.

Com a aprovação da nova Previdência, o objetivo de Rogério Marinho em 2020 é acelerar a tramitação das próximas reformas: a tributária e a administrativa.

É hora de virar a página.


(Por:O Antagonista)

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