BRASIL, POLÍTICA
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, no programa do Pânico Foto: Reprodução
Ex-aliados do presidente Jair Bolsonaro já começaram a fazer campanha para convencer o ministro da Justiça, Sergio Moro,
a se candidatar ao Palácio do Planalto em 2022. Na sexta-feira, ÉPOCA
revelou que Moro recebe há cinco meses pesquisas feitas por um instituto
sobre o seu desempenha em uma possível disputa eleitoral.
Aliado do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, o ex-líder da legenda na Câmara Delegado Waldir
(GO) afirma que tem pedido pela candidatura em todos os posts do
ministro no Instagram. No domingo, Moro criou uma conta na rede social.
Delegado Waldir (PSL-GO) apresentou consulta ao TSE sobre novo
entendimento para desfiliação Foto: Jorge William / Agência O Globo
"Sempre comento em todas as postagens dele. Não sei se ele vai sair
candidato ou não, mas já trato como meu candidato a presidente em 2022.
Já lancei aqui em Goiás e já estou lançando em qualquer lugar. O
presidente Bolsonaro se afastou daquilo que eu milhões de seguidores
pensamos. Se afastou da ética. E o Moro representa os valores da
Lava-Jato", avalia Waldir.
O ex-líder do PSL acrescenta ainda que
o episódio em que Bolsonaro cogitou a recriação do Ministério da
Segurança Pública, com a possibilidade de retirar-lhe as atribuições da
área, foi um ataque direto ao ministro.
"Todo príncipe que pode se tornar rei é desprezado, humilhado. E há uma tentativa clara de destrui-lo", diz Waldir.
Já
outros parlamentares do partido preferem emitir mensagens cifradas de
apoio a uma possível candidatura de Moro. Joice Hasselmann (SP), por
exemplo, escreveu em mensagem no Twitter que o ministro, em entrevista
ao programa Roda Viva, da TV Cultura, mostrou que "está pronto para
desafios ainda maiores".
Joice pode perder liderança na Câmara Foto: Daniel Marenco
No Instagram, comemorou a adesão do ex-juiz à rede social: "Moro arrebenta no Instagram! 112 mil seguidores por dia!".
Os
aliados do presidente da República sustentam que Moro é fiel e, por
isso, não participaria de uma disputa eleitoral contra Bolsonaro. Para o
deputado Bibo Nunes (PSL-RS), "não há a menor hipótese de Moro se
rebelar".
"Intrigas é o que mais tem contra o governo. E também
há a tentativa de colocar em choque o Moro contra o Bolsonaro", diz o
parlamentar a ÉPOCA.
Em transmissão ao vivo publicada durante a
semana, a deputada Bia Kicis (DF) também reforçou o mesmo discurso. Ao
comentar o desempenho de Moro em entrevista ao Roda Viva, ela usou o
mesmo argumento. "Ficou muito claro de que não existe nenhuma
animosidade entre ele (Moro) e o presidente. A imprensa vive querendo
fazer isso", disse a deputada.
(Por:Bruno Góes/Época)
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