DEPUTADA NA BERLINDA

Flordelis - Reprodução do Facebook
Rio - O Ministério Público do Estado (MPRJ) pediu à 3ª Vara Criminal de Niterói o endurecimento das medidas cautelares impostas à deputada federal Flordelis. A pastora é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o também pastor, Anderson do Carmo.
No pedido, o promotor Carlos Gustavo Coelho de
Andrade solicita que a parlamentar seja afastada do seu cargo na Câmara
dos Deputados, em Brasília, também seja monitorada por tornozeleira
eletrônica e cumpra o recolhimento domiciliar noturno. A petição foi
feito na sexta-feira e, até o momento, não houve decisão judicial.
O promotor também citou a dificuldade da Corregedoria
da Câmara para localizar a parlamentar depois da denúncia de uma
testemunha, que diz ter sofrido um ataque a bomba na madrugada do dia 4
de setembro.
"Ainda que tenha finalmente a ré sido localizada após
diversas tentativas infrutíferas, e mesmo que venha a apresentar defesa
na Câmara dos Deputados ou nestes autos, o só fato de ter permanecido
em paradeiro desconhecido, sem ser encontrada pela Corregedoria da
Câmara e por Oficiais de Justiça, de forma concomitante ao exercício de
posição de poder estatal e simultânea à ocorrência de atentado a bomba
contra a casa de um testemunha de vital importância no feito, demonstra a
necessidade de seus passos poderem serem monitorados: apenas assim, na
impossibilidade constitucional de decretação", justificou o MPRJ.
O ataque a bomba contra testemunha
O ataque a bomba contra testemunha
Uma das principais testemunhas do caso, a empresária
Regiane Rabello denunciou ao MPRJ, que uma bomba caseira foi jogada no
quintal da sua casa. De acordo com a mulher, o ataque tinha como
objetivo lhe calar, já que ela denunciou a deputada federal e outros
envolvidos na morte do pastor.
Regiane é a dona da oficina em que Lucas, filho de
Flordelis, trabalhava antes de ser preso. Ela consta como testemunha no
inquérito por reafirmar a história de que o jovem teria recebido
mensagem, pelo WhatsApp, com o plano para matar o pastor.
"A testemunha acredita que 'a bomba foi jogada em seu
quintal para intimidar a depoente' e também para intimidar Lucas, 'que
poderia sentir-se pressionado a voltar atrás em sua versão para que a
depoente não sofresse novos ataques e atentados', sustentando que o
atentado seria uma forma de 'passar um recado para Lucas, para que ele
calasse a boca e não mais relatasse a verdade', já que Lucas teria uma
relação de afeto filial-maternal com a testemunha vitimada", escreve o
promotor.
De acordo com o documento, a testemunha narra que tem
medo de sofrer novos atentados e represálias pelos seus depoimentos já
prestados e por estar apoiando Lucas.
(Por
O Dia)
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