quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Aécio quer punir quem recusar a vacina da Covid-19. Ex-presidenciável compara a infração a um eleitor que não vota e fica proibido de tirar identidade e de fazer concurso público

SENADO

 

 Aécio Neves quer punir quem se recusar a se vacinar contra Covid-19: "por razão religiosa, filosófica ou o que seja"// Câmara dos Deputados/Reprodução

Em meio ao turbulento debate sobre obrigatoriedade da aplicação da vacina contra a Covid-19, com o STF no meio da discussão, o ex-presidenciável e deputado Aécio Neves (PSDB-MG) jogou mais lenha.

O parlamentar tucano apresentou projeto na tarde desta terça no qual prevê a punição a quem se recuse a ser vacinado contra o vírus da Covid-19.

Aécio compara uma pessoa que se recusa ser vacinado a um cidadão que não cumpre suas obrigações eleitorais. Por isso, quem optar por não ser vacinado sofrerá as mesmas sanções de um eleitor que não vota, não justifica sua ausência e nem paga a multa aplicada pela Justiça Eleitoral. Claro, se o projeto for aprovado e sancionado por Jair Bolsonaro.

Então, quem recusar a vacina não poderá: inscrever-se em concurso público, receber remuneração de empresa pública, participar de concorrências, obter empréstimo de bancos estatais e retirar passaporte ou carteira de identidade, entre outras.

“Desnecessário dizer da importância do combate à pandemia Covid-19 por meio de vacinação. Instituições estão pesquisando vacinas e acredita-se que em breve estarão disponíveis para todos.


No entanto, é preciso cuidado com a possibilidade de que haja brasileiros que venham a se recusar à vacinação, seja por razões religiosas, filosóficas ou o que seja”, justifica Aécio no projeto, e complementa.

“Se é direito do cidadão negar-se a fazer algo que não esteja devidamente previsto em lei, é dever do Estado assegurar o direito de todos à saúde, e aqui reside o centro que justifica esta proposta normativa. A tarefa do Estado, ao determinar a vacinação, é proteger o direito de todos à vida, e sem esta evidentemente não há sequer opinião, quanto mais direitos”.

 

 

 (Por Evandro Éboli/Radar)

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