quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Caminhoneiro suspeito de estuprar e matar adolescente do RN e deixar corpo em canavial da PB vai a julgamento. Audiência de instrução foi iniciada na manhã desta terça (27), mas reagendada após advogado desistir do processo.

 MAIS DE UM ANO APÓS CRIME

Karolina Oliveira Gomes tinha 16 anos  — Foto: Arquivo Pessoal

 Karolina Oliveira Gomes tinha 16 anos — Foto: Arquivo Pessoal

Familiares e amigos de Karolina Oliveira protestaram em frente ao fórum em Mamanguape, onde suspeito do assassinato deverá ser julgado. — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

 Familiares e amigos de Karolina Oliveira protestaram em frente ao fórum em Mamanguape, onde suspeito do assassinato deverá ser julgado. — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

Um caminhoneiro de 34 anos acusado de ter estuprado e matado a adolescente potiguar Karolina Oliveira Gomes, de 16 anos, em agosto de 2019, vai a julgamento. Uma audiência de instrução foi iniciada na manhã desta terça (27), mas acabou remarcada para novembro após o advogado de defesa desistir do processo. 

A adolescente saiu de casa, em Goianinha, no Rio Grande do Norte, para imprimir um trabalho no dia 5 de agosto. No entanto, ela desapareceu e foi encontrada morta um dia depois em um canavial no município de Mamanguape, na Paraíba.   

O julgamento é comandando pela Justiça paraibana. Nesta terça-feira (27), familiares e amigos de Karol, como era conhecida, se mobilizaram em Goianinha e seguiram viagem em dois ônibus até Mamanguape. Já no fórum da cidade, os pais pediram a prisão do acusado. 

O caminhoneiro preso pelo crime, chegou ao fórum de Mamanguape sob gritos de revolta dos familiares da vítima, por volta das 8h30. Apesar da presença de todas as partes, a audiência foi suspensa, por causa da desistência da defesa.  

"Estamos muito apreensivos com o resultado desse julgamento. A gente espera uma condenação com pena máxima. A gente vem esperando essa resposta há um ano e dois meses", disse a mãe de Karol, Ednilda Fernandes. 

"É para ele ficar pelo menos um bom tempo na cadeia. Hoje em dia é fácil demais sair da cadeia. Não sai a menina do cemitério, mas ele sai da cadeia", disse o pai da jovem, Francisco Gomes.  

O caso

Karolina saiu de casa na noite do dia 5 de agosto de 2019, uma segunda-feira, para ir até uma lan-house imprimir um trabalho de matemática. Ela nem conseguiu chegar ao destino.  

Quando a família percebeu a demora, ligou várias vezes para a adolescente, mas não conseguiu nenhum contato. Na manhã seguinte, o corpo da adolescente foi encontrado em um canavial em Mamanguape, já na Paraíba. 

A vítima estava nua e com marcas de facada pelo corpo. No dia 8 de agosto, a Polícia Civil conseguiu imagens de câmeras de segurança que mostravam o local onde a menina desapareceu. Em uma das imagens, um caminhão-baú branco aparece. As imagens também mostram a movimentação de um homem pelo local e a menina se aproximando da região.  

Ainda em agosto, o caminhoneiro suspeito da morte da adolescente foi preso em Custódia, em Pernambuco. O homem negou o crime. Apesar disso, a polícia afirma que, por meio de GPS, conseguiu rastrear o trajeto feito pelo caminhão e o percurso apontava para o local onde Karol foi encontrada morta. 

Outras provas ainda apontariam para o caminhoneiro como principal suspeito. Fios de cabelo da menina, por exemplo, foram encontrados no veículo dirigido pelo suspeito. Também há o testemunho de um homem que comprou o celular da jovem e disse que o caminhoneiro foi quem vendeu o aparelho para ele. Por fim, o laudo do instituto de perícia da Paraíba apontou que a jovem foi estuprada e o material genético encontrado no corpo dela era compatível com o do suspeito.  


(Por Kleber Teixeira, Inter TV Cabugi)

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