quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Mourão afirma que não há discussão no governo sobre uma Constituinte. Líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), anunciou que pretende propor um projeto para um plebiscito sobre a convocação de assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição

 APÓS FALA DE BARROS

O vice-presidente da república, General Hamilton Mourão, fez questão de ressaltar a posição contrária ao que disse Ricardo Barros - Alan Santos / PR

 O vice-presidente da república, General Hamilton Mourão, fez questão de ressaltar a posição contrária ao que disse Ricardo Barros

Brasília - O vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira que o governo não está discutindo a convocação de uma nova assembleia Constituinte. Nesta terça-feira, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), anunciou que pretende propor um projeto de decreto legislativo para a realização de plebiscito sobre a convocação de assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição. 
 
Ao ser abordado pela imprensa na entrada do anexo do Palácio do Planalto, em Brasília, onde funciona o seu gabinete, Mourão disse que o presidente Jair Bolsonaro “em nenhum momento tocou nesse assunto''.
 
"Não tem mais o que falar, porque a posição do governo hoje não é essa". Ao ser abordado pela imprensa na entrada do anexo do Palácio do Planalto, em Brasília, onde funciona o seu gabinete, Mourão disse que o presidente Jair Bolsonaro “em nenhum momento tocou nesse assunto'' e "não tem mais o que falar, porque a posição do governo hoje não é essa".  
 
Um dia antes de anunciar a vontade de propor o projeto, Barros disse que a Constituição Federal de 1988 tornou o país “ingovernável”, e que o Brasil deveria consultar a população sobre uma nova carta magna como no domingo passado fez o Chile.
 
 Conforme Mourão, a ideia é iniciativa exclusiva de Barros e pode encontrar resistência “até porque outros parlamentares já se pronunciaram contrários”. O vice-presidente, no entanto, acrescentou que a proposta do líder do governo é “primeiro que se pergunte à população se quer, aí se a população desejar, se sim, aí vamos ver como vai ser feito, isso pode tudo ser feito na mesma pergunta”.

O vice-presidente lembrou que a Constituição Federal tem 32 anos e “já tem várias emendas, mais de 100 emendas”. Segundo ele, “tem gente que considera que a gente pode continuar com ela, pelas características e a forma como ela foi montada, e paulatinamente vai se melhorando por meio dessas emendas que vão sendo realizadas. E tem gente que não, que acha que tem que voltar tudo para a estaca zero”.
 
 
(Por:Agência Brasil)

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