AFEGANISTÃO
Ashraf
Ghani aparece ao lado do chefe da justiça em cerimônia de posse como
novo presidente do Afeganistão nesta segunda-feira (29) em Cabul (Foto:
AP Photo/Rahmat Gul)
Ashraf Ghani tomou posse nesta segunda-feira (29) como novo presidente
do Afeganistão. Ghani foi eleito no dia 21 de setembro e substitui o
líder de longa data Hamid Karzai.
Esta é a primeira transição democrática no país desde 2001, quando a invasão liderada pelos Estados Unidos derrubou o Talibã do poder. Desde então, Karzai foi o único presidente do Afeganistão.
Esta é a primeira transição democrática no país desde 2001, quando a invasão liderada pelos Estados Unidos derrubou o Talibã do poder. Desde então, Karzai foi o único presidente do Afeganistão.
Em seu discurso de posse, Ghani defendeu o início de conversações de
paz com o conjunto dos insurgentes islamitas, incluindo os talibãs, com o
objetivo de estabilizar o país após a saída, no fim do ano, das tropas
da Otan.
"Pedimos aos opositores, e mais especificamente aos talibãs e ao
Hezb-e-Islami, o início de conversações políticas", afirmou Ghani depois
de assumir o cargo de presidente, como sucessor de Hamid Karzai.
Karzai, que presidiu o país 2001, após a queda do regime dos talibãs,
até domingo, fez diversos apelos para que os insurgentes islamitas
negociassem a paz, mas os extremistas nunca aceitaram, pois consideravam
o chefe de Estado uma "marionete" de Washington.
Os talibãs, que chamaram recentemente Ghani de "funcionário" dos
Estados Unidos, cometeram um atentado suicida nesta segunda, durante a
cerimônia de posse presidencial.
"Um suicida se imolou perto do aeroporto e matou quatro pessoas", afirmou uma fonte policial à AFP.
O homem-bomba tinha como alvos soldados afegãos e estrangeiros, segundo
o porta-voz oficial dos talibãs, Zabiullah Mujahid, que reivindicou o
atentado em nome do grupo.
Processo confuso
O processo eleitoral durou quase seis meses. As eleições de segundo turno, em junho, se estendeu por semanas, com os dois candidatos trocando acusações de fraudes. A ONU ajudou a realizar a recontagem dos votos, que diminuiu a percentagem de Ghani de 56% para 55%, mas ainda lhe garantiu a vitória.
Ao final do processo eleitoral, os dois candidatos, Ghani e Abdullah Abdullah, assinaram um acordo de formação de um governo de união nacional, no qual ambos ocuparão postos de responsabilidade. O acordo determina que o candidato derrotado ocupará o cargo de chefe do Executivo, posto semelhante ao de primeiro-ministro.
O processo eleitoral durou quase seis meses. As eleições de segundo turno, em junho, se estendeu por semanas, com os dois candidatos trocando acusações de fraudes. A ONU ajudou a realizar a recontagem dos votos, que diminuiu a percentagem de Ghani de 56% para 55%, mas ainda lhe garantiu a vitória.
Ao final do processo eleitoral, os dois candidatos, Ghani e Abdullah Abdullah, assinaram um acordo de formação de um governo de união nacional, no qual ambos ocuparão postos de responsabilidade. O acordo determina que o candidato derrotado ocupará o cargo de chefe do Executivo, posto semelhante ao de primeiro-ministro.
Ghani entrou no palácio presidencial em Cabul vestindo um turbante
preto, veste popular no sul do país. Karzai disse que está feliz por
deixar o cargo depois de mais de uma década da saída do Talibã do poder.
De acordo com a Associated Press, autoridades norte-americanas disseram
que esperam que Ghani assine um acordo de segurança com os EUA logo após
sua posse, para permitir que cerca de 10 mil soldados americanos
permaneçam no país depois que a missão de combate internacional termine,
no dia 31 de dezembro.
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