domingo, 30 de novembro de 2014

SOCORRO: Poste de energia ameaça cair em Cidade Satélite

VAI CAIR

poste
Poste de energia oferece risco a moradores e veículos que trafegam na Avenida das Algarobas, próximo a Panificadora Visão, no bairro de Cidade Satélite, em Natal. O problema surgiu após um acidente automobilismo há mais de 4 meses.

Até hoje, nenhum profissional da Companhia Elétrica do Estado do RN compareceu ao local para substituir o poste que encontra-se inclinado e com ferragens expostas. A fiação está sendo sustentada por galhos de árvores e ameaça cair a qualquer momento.

Veja os líderes de reclamação na Black Friday. Americanas.com, Submarino e Saraiva são campeões de consumidores insatisfeitos.

RECLAMAÇÕES

Portal da Band,
Com mais de 1.200 reclamações, o site das Lojas Americanas liderou o ranking de reclamações na edição da Black Friday deste ano, segundo números do site "Reclame Aqui", especializado em defesa ao consumidor, divulgados no início da madrugada deste sábado (29).

Em segundo lugar na lista ficou o site Submarino (1.107 reclamações), seguido da livraria, editora e loja virtual Saraiva (683 reclamações).

Conforme dados da empresa ClearSale, especializada em prevenção e detecção de fraudes online, até as 22h de sexta-feira (28), foram movimentados R$ 535 milhões em compras através da internet. Desde as 20h de quinta-feira (27), foram realizadas 1.345.048 mil transações, que representam um tíquete médio de R$ 398,02 por compra.

Confira a seguir as 10 empresas com mais reclamações na Black Friday, segundo o site Reclame Aqui:
1. Americanas.com – 1228 reclamações
2. Submarino – 1107 reclamações
3. Saraiva – 683 reclamações
4. Shoptime – 239 reclamações
5. KaBuM – 197 reclamações
6. NetShoes – 188 reclamações
7. Extra.com.br – 161 reclamações
8. Magazine Luiza (loja virtual e televendas) – 139 reclamações
9. WallMart (loja virtual) – 137 reclamações
10. Nescafe Dolce Gusto – 77 reclamações

Emissora transmite funeral de Roberto Gómez Bolaños. Transmissão vai interromper a programação do SBT de domingo e começa às 11h.

SBT VAI TRANSMITIR FUNERAL AS 11:00 H

Kyberli Gois,
Divulgação/SBT
Desde as 6h deste sábado (29), a emissora transmite uma maratona de capítulos de Chaves. 
 
O SBT transmiti ao vivo, neste domingo (30) o funeral do ator Roberto Gómez Bolaños, criador do personagem Chaves, falecido na última sexta-feira (28) em Cancún, no México. O velório está marcado para às 14h (horário de Brasília), no estádio Azteca, na Cidade do México.

A transmissão vai interromper a programação do domingo e começa às 11h, dentro do Domingo Legal, com ancoragem do jornalista Carlos Nascimento, e seguirá pelo programa de Eliana, que vai ao ar, excepcionalmente, ao vivo. 

Desde as 6h deste sábado (29), a emissora transmite uma maratona de capítulos de Chaves. Na segunda-feira (1°), a partir das 18h15, exibirá um novo pacote de "episódios perdidos", segundo anunciou o diretor de programação da emissora, Murilo Fraga, no Twitter. O SBT mantém engavetados cerca de 40 capítulos de Chaves e 50 de Chapolin, de acordo com o Fã-Clube Chespirito Brasil. A emissora nega.

Morte
O ator Roberto Bolaños, criador de personagens como Chaves e Chapolin, morreu aos 85 anos na última sexta-feira (28), em sua casa em Cancún, no México, após uma parada cardíaca, segundo informou a rede de televisão mexicana Televisa. 

O ator e comediante estava com problemas respiratórios, dificuldades para se locomover e se mexer e já seguia isolado com a família em Cancún.

Roberto Gómez Bolaños
Roberto Gómez Bolaños nasceu na Cidade do México em 21 de fevereiro de 1929. Filho da secretária bilíngue Elsa Bolaños Cacho e do pintor, cartunista e ilustrador Francisco Gómez Linares, Bolaños começou a carreira como escritor criativo para rádio e televisão durante a década de 1950. Começou a representar como ator em 1960, no filme "Dois Criados Malcriados".
 
Bolaños começou sua carreira como roteirista de programas de comédia e de obras do seu xará de codinome, o britânico William Shakespeare, cujo apelido no diminutivo, pronunciado à espanhola, se leria "Chespirito".
 
Em 1968, começaram as transmissões Independentes de Televisão no México e Chespirito foi chamado como escritor para a realização de um programa com duração de meia hora. E assim, nasceu "Los Supergenios de la Mesa Cuadrada". Ao lado de Chespirito, contracenavam Ramón Valdés, Rubén Aguirre e María Antonieta de las Nieves.
 
Em 1970, o programa teve sua duração aumentada. Nessa época, surge o Chapolin Colorado, um herói atrapalhado. Um ano depois, foi criado o personagem que se tornaria o maior sucesso de Bolaños, Chaves. Ambos os personagens funcionaram tão bem que as sketches se tornaram séries independentes de 30 minutos de duração em 1973, após o fim do Programa Chespirito.
 
Bolaños casou-se pela primeira vez com Graciela Fernández Pierre, com quem teve os filhos Paulina, Graciela, Marcela, Teresa, Cecília e Roberto.
 
Depois de 27 anos convivendo com Florinda Meza, a atriz que interpretava a maioria dos personagens femininos inclusive a Dona Florinda, Bolaños finalmente se casou com ela em 2004. O casal não teve filhos.

Roberto Gómez Bolaños, o Chaves, será velado em estádio na Cidade do México. Comediante mexicano morreu na última sexta-feira, gerando grande comoção entre os fãs do personagem.

VELADO NO ESTÁDIO AZTECA

Alberto Nájar, BBC Brasil,
Henry Romero/Reuters
Corpo de Roberto Gómez Bolaños será velado neste domingo no estádio Azteca, na Cidade do México.
A cena corria bem: com uma tesoura na mão, Chaves pegou uma das maria-chiquinhas de Chiquinha e cortou um pedaço de seu cabelo. A menina abriu seu berreiro típico.

Mas algo tinha dado errado. O script dizia que o menino iria cortar um centímetro de cabelo - mas o pedaço cortado era cinco vezes maior.

A atriz María Antonieta de las Nieves - a "Chiquinha" - percebeu quase imediatamente. Mas, como não podia parar a gravação nem recuperar seu cabelo, não teve outra opção a não ser chorar mais alto, desta vez de verdade.

O responsável pela travessura era ninguém menos que um dos atores de comédia mais populares da América Latina: Roberto Gómez Bolaños, conhecido como "Chespirito", que morreu sexta-feira (28), aos 85 anos, depois de lutar mais de uma década contra doenças respiratórias e diabetes. 

A brincadeira da gravação naquele dia foi uma das muitas que marcaram os 24 anos que seu personagem mais famoso, um menino que vivia em um barril em um bairro no México, permaneceu no ar.

"Foi sem querer querendo" foi a desculpa que Bolaños deu a Las Nieves, como ele disse à BBC Mundo 40 anos depois.

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Após ser velado em Cancún e na Cidade do México, o corpo de Bolaños será levado neste domingo (30) ao estádio Azteca, onde, a partir das 12h (horário do México), será realizada uma missa de corpo presente.

"Sigam-me os bons!"
Os programas "Chaves" e "Chapolin Colorado" ainda estão entre os mais vistos no México, Argentina, Venezuela, Peru e Guatemala -no Brasil, os episódios estão no ar há 30 anos. Alguns especialistas dizem que Chaves é o programa mais bem sucedido na história da televisão latino-americana.

Mesmo a era das redes sociais não tirou força do fenômeno: Chespirito - diminutivo de Shakespeare, como ele explica- se tornou uma das pessoas com mais segiudores no Twitter com o perfil @ChespiritoRGB -e ao qual aderiu por sugestão de seu filho, Roberto.

Sua primeira mensagem, em 28 de maio de 2011, causou furor na rede. "Olá. Sou Chespirito. Tenho 82 anos e esta é a primeira vez que estou tuitando. Estou estreando. Sigam-me os bons!".

E eles o seguiram. Um dia após o tuíte inaugural, seu perfil tinha mais de 100 mil seguidores. Na semana seguinte, já era meio milhão -atualmente, são milhões.

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Os seguidores eram as crianças que foram seu público original, os pais delas, que já são idosos, e até os filhos e netos deles, que conheceram o programa anos depois de as gravações chegarem ao fim.

"Isso, isso, isso"
Roberto Gómez Bolaños quase não veio ao mundo.
Sua mãe, Elsa Bolaños-Cacho Aguilar, tomou por engano um remédio para gripe que ameaçou sua gravidez de várias semanas de gestação.

O médico -seu irmão Gilberto- recomendou que ela fizesse um aborto, mas ela se recusou. "E foi assim que pude nascer em 21 de fevereiro de 1929", Bolaños escreveu na autobiografia "Sem querer querendo", publicada em 2006.

A infância de Bolaños foi parecida com a vida de Chaves. Como o personagem de TV, ele tinha amigos muito próximos e travessos que conheciam todos os cantos e segredos de Colonia del Valle, que era, em 1933, um subúrbio pouco habitado -hoje é o terceiro bairro mais valorizado da capital mexicana.

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Assim como Chaves, o menino Bolaños também era bom de briga, e no seu caminho do ensino fundamental ao ensino médio encontrou muitos "Quicos", seu alter ego do bairro, grande amigo com quem Chaves muitas vezes brigava. Cada golpe soava como um sino.

Como disse em suas memórias, Bolaños sempre começou suas aulas na escola com uma briga, uma maneira de enfrentar sua baixa estatura. "A desvantagem física gerava um complexo de inferioridade", escreveu.

Mas o afã das brigas desapareceu quando quis ser engenheiro e um professor de topografia o reprovou. Bolaños encontrou o professor em uma festa da escola e reclamou da nota. "Você não deve seguir esta carreira", disse o professor, enquanto o estudante partia para cima dele.

Ele estava certo. Em pouco tempo, Bolaños conseguiu um emprego em uma agência de publicidade, onde começou a escrever roteiros de rádio e televisão.

Foi o primeiro passo "para mudar completamente a trajetória da minha vida."

"Não contavam com minha astúcia"
chapolim_colorado_370Em 1969, Bolaños já era um escritor reconhecido, e tinha até um espaço no Canal 8 em um programa de TV chamado "Os Supergênios da Mesa Quadrada", em que os personagens liam cartas supostamente enviadas pelo público e respondiam com piadas e alusões a situações da época.

Também participavam do programa Rubén Aguirre (o professor Girafales), Ramón Valdés (seu Madruga) e María Antonieta de las Nieves. Apesar de o programa ter sido bem recebido pelo público, Bolaños decidiu cancelá-lo e, em no seu lugar apresentou um super-herói vestido de vermelho, com antenas de vinil, cueca amarela e um coração no peito com as letras CH.

Para se defender do inimigo, usava um martelo de plástico que produzia um som agudo: a Marreta Biônica.

Originalmente, o personagem se chamaria Chapolín Justiceiro, mas logo o ator o batizou com o nome que se tornou famoso: Chapolin Colorado.

Além do super-herói, no programa apareciam outras esquetes de comédia, como "Los Chifladitos", com Rubén Aguirre, e "Lucas Tañeda", no qual Bolaños interpretou o personagem Chaparrón Bonaparte.
Mas Aguirre foi contratado pelo Canal 2 e, para preencher a lacuna, o roteirista apresentou o quadro de um rapaz pobre que tinha um problema com um vendedor de balões em um parque.

O quadro foi muito bem recebido pelo público, e logo superou a audiência do programa original. Assim nasceu, em 1971, "El Chavo del Ocho" - o Chaves- ao qual se juntaram Ramón Valdés, María Antonieta de las Nieves e o próprio Rubén Aguirre.

Em seguida, outros se juntaram: o repórter Carlos Villagrán (Quico), que Chespirito conheceu em uma festa; Edgar Vivar (sr. Barriga), um médico, Angelines Fernández (a Bruxa do 71), atriz, e Florinda Meza (dona Florinda), a quem o escritor conheceu quando interpretava um monólogo em um set adaptado como um bairro.

O programa teve um impacto enorme no México e na América Latina, por onde o grupo viajava frequentemente.

Milhares de pessoas os recebiam a cada visita, algo que os atores não esperavam. "Na verdade nunca imaginamos isso. Passaram 10, 15 anos e dizíamos nossa, como está durando'", lembrou a atriz que interpretava Chiquinha.

"Passaram 20 anos e provocávamos tumultos em todos os lugares que íamos, e dizíamos: isso é uma coisa maravilhosa. Mas passaram 30 anos e dizíamos 'o que aconteceu?', porque o programa acabou 24 anos depois de ter sido gravado (pela primeira vez)".

"Ninguém tem paciência comigo"
florinda_chavez_370Graciela Fernández Pierre tinha 15 anos quando conheceu um vizinho de 22, famoso no bairro por sua turma Los Aracuanes. Era Roberto Gómez Bolaños, com quem se casou pouco depois.

Depois de duas décadas juntos, eles decidiram se separar, quando Chespirito e Florinda Meza decidiram viver juntos.
Não foi a única ruptura. No final de 1977, Carlos Villagran, que interpretava o Quico, deixou o grupo; pouco tempo depois também saiu Ramón Valdés. O programa continuou no ar por mais três anos, e depois foi incorporado como parte da série "Chespirito", que terminou em 1995.

Nesse período, os roteiros sobre o dia a dia da vila seguiam praticamente iguais ao do início.
Enquanto isso, Bolaños fez três filmes, produziu uma novela, protagonizou uma peça de teatro e até participou como compositor no festival da Organização Ibero-americana de televisão (IOT) com a canção "Nacer", que falava de aborto.

Era um tema que o acompanhou ao longo de sua vida. Mesmo na década de 2000, ele participou de campanhas anti-aborto e apoiou os governos do conservador Partido da Ação Nacional (PAN). Muitos criticaram o apoio ao partido.

"Boa noite, vizinhança"
Uma tarde, Bolaños chegou atrasado a uma reunião e percebeu que tinha esquecido seus cigarros.
"Tranquilo -pensou-, não há problema nenhum se eu não fumar por um tempo." A reunião durou várias horas. Quando terminou, ele foi para outra e, em seguida, cansado, foi para casa dormir.

Isso continuou por vários dias, com agenda cheia, até que de repente Bolaños se deu conta de que estava há uma semana sem cigarros, e que não precisava deles. Foi assim que parou de fumar.

Mas, talvez, sua decisão tenha sido tomada tarde demais. Durante décadas, desde que eu era jovem, tinha fumado mais de um maço por dia. E quando se tornou idoso, o hábito veio acertar as contas.

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Bolaños ficou com diabetes e, em seguida, sofreu problemas respiratórios que o obrigaram a ir para a praia em Cancún, onde passou os últimos anos de sua vida e morreu sexta-feira.

Em 2012, quando foi feita uma das últimos homenagens a ele, Bolaños teve que ser atendido por uma ambulância, porque a emoção causou dificuldade para respirar.

Mas, em sua aposentadoria, ele nunca parou de escrever. Seu filho Roberto Gómez Fernández disse que seu pai passou os últimos dias fazendo um texto só ele sabia o conteúdo. "Você vai ver", disse ele.

Em 5 de abril, ele escreveu em sua conta no Twitter: "Obrigado a todos, aos que eles me escrevem todos os dias, é belisisisisisisisisisísimo. Amo vocês, Chespirito!".

Maioria é contra a maconha medicinal no Brasil. Pesquisa Datafolha revela que 56% são contra a venda da droga.

MACONHA
maconha_medicinal_370Uma pesquisa realizada pelo Datafolha revela que a maioria dos brasileiros é contra o uso da maconha medicinal. Segundo o levantamento, 56% dos entrevistados responderam que são contra a venda da droga para uso medicinal, mas 50% aprovam a liberação de medicamentos derivados da substância. 

A pesquisa revela ainda que a liberação da substância é apoiada principalmente por pessoas com mais condições financeiras e melhor nível de escolaridade. Entre os que se manifestaram a favor, 69% têm nível superior, contra 38% dos com nível fundamental; e 60% pertence as classes A e B, enquanto que 33% às classes C e D. 

A maioria dos que discordam da liberação da maconha para uso medicinal é mais velha e mora em municípios do interior, nas regiões nordeste, norte e centro-oeste do país. 

A pesquisa foi encomendada pelo Instituro de Ciências Tencnológicas e Qualidade Industrial (ICTQ). Foram ouvidas 2.162 pessas em todo o país. O resultado de como margem de erro dois pontos percentuais. 

O uso da maconha para fins medicinais ganhou destaque neste ano porque famílias conseguiram autorização judicial para importar o canabidiol (CBD) - substância derivada da droga. O medicamento é usado contra casos graves de epilepsia. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute a retirada do canabidiol da lista de substâncias proibidas, mas não informa a data em que a decisão será divulgada. Desde abril, a agência liberou 184 pedidos de importação de medicamentos do tipo.

Os grupos da Série C

SÉRIE C

Pego carona com o blogueiro Marcos Trindade para trazer a provável formação dos grupos da Série C do ano que vem:

Grupo A
Águia
América de Natal
ASA
Botafogo-PB
Confiança
Cuiabá
Fortaleza
Icasa
Salgueiro
Vila Nova

Grupo B
Brasil de Pelotas
Caxias
Guarani
Guaratinguetá
Juventude
Londrina
Madureira
Portuguesa
Tombense
Tupi

Natalenses vão a hospital em busca de atendimento

TRATAMENTO

Centenas de pessoas em Natal reservaram a manhã de ontem  para ir ao hospital Luiz Antônio, no bairro das Quintas, onde  dermatologistas associados a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ofereceram, das 8h ao meio-dia, atendimento gratuito à população voltado à prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pele. Realizada em 23 cidades brasileiras, com a participação de 4 mil dermatologistas voluntários, a ação marcou o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele (29 de novembro), instituído pela SBD.

joana limaAções do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele foram realizadas no Hospital Luiz AntônioAções do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele foram realizadas no Hospital Luiz Antônio

Segundo a presidente da Sociedade Norte-riograndense de Dermatologia, a médica dermatologista e professora da UFRN Maria do Carmo Palmeira, a expectativa era de que pelo menos 500 pessoas fossem atendidas no hospital Luiz Antônio, repetindo ou até superando o número do ano passado. Ontem, faltavam duas horas para terminar a ação e mais de 400 fichas já haviam sido distribuídas.

Avanir Rogério de Souza, de 40 anos, foi uma das pessoas que resolveram sair de casa para fazer o exame preventivo. Moradora da Cidade da Esperança, ela ficou sabendo pela TV que haveria atendimento gratuito no hospital Luiz Antônio.

Apesar de só sair de casa depois de passar protetor solar e também de consultar regularmente o dermatologista, Avanir quis aproveitar o atendimento gratuito para retirar alguns sinais que tem na pele.

Definido pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, o câncer de pele varia muito na aparência, por isso, como regra geral, qualquer novo sinal na pele ou mudança em uma 

pinta/mancha que já existia deve servir de alerta para a pessoa procurar um dermatologista.  Os cânceres de pele são classificados em câncer de pele não melanoma (induzido pelo sol) e câncer de pele melanoma (tipo mais agudo, porém, de menor incidência). 

A médica dermatologista Maria do Carmo Palmeira destaca que, sozinho, o câncer de pele apresenta mais casos no Brasil do que outros 17 tipos de câncer, e que a melhor forma de tratá-lo  é com prevenção e diagnóstico precoce.

O câncer de pele raramente causa sintomas incômodos até as lesões se tornarem muito grandes, podendo coçar, sangrar ou mesmo apresentar intensa dor, mas normalmente são visíveis e podem ser sentidas muito antes de chegar a este ponto.

Segundo Maria do Carmo Palmeira, na ação realizada no ano passado em Natal pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, 20% das pessoas atendidas foram diagnosticadas com câncer de pele.

“Mais de 50% das pessoas disseram tomar sol sem nenhuma proteção”, completou a médica, que insiste para que as pessoas se protejam o ano inteiro, principalmente em cidades como Natal, onde há incidência de raios ultravioletas durante o ano todo.

Túnel resolverá alagamentos de antigas áreas

TÚNEL

Uma obra complexa que está sendo realizada é o túnel de microdrenagem de 4,7km, que vai beneficiar parte da zona oeste e sul de Natal. Este túnel  passa pelas ruas Jerônimo Câmara, dos Caicós (avenida 7), Miguel Castro, Castelo Branco e pela avenida Bom Pastor e deve resolver o problema de 33 pontos de alagamentos na cidade.

A obra deveria ter sido entregue em outubro, mas o projeto está paralisado pois alguns poços de visitas, sete no total, apresentaram fuga de material a 13 metros de profundidade.

A empresa responsável pela obra  apresentou uma solução que consistiu em fazer a injeção de concreto para fortalecer a parede. Mas não era seguro. Uma nova solução encontrada foi a construção de poços artesianos para fazer o rebaixamento do lençol freático.   A obra está  com 85% concluídas, faltando apenas 700 metros do túnel para ser finalizada. A Caixa Econômica está analisando o projeto de solução do túnel, que só será iniciado após a liberação de recursos da ordem de R$10 milhões.

As lagoas de captação ,que serão suporte desse sistema de drenagem, estão quase todas concluídas, quatro no total, e  apenas uma está embargada pelo Ministério Público. O secretário explica que o MP embargou a obra, alegando que a mesma estava próximo a uma nascente.  “O MP questionou a localização da lagoa , pois de acordo com a lei de proteção ambiental, ela não poderia está há 50 metros de uma nascente.  Mas já provamos ao MP que não se trata de uma nascente, mas sim de um afloramento de lençol, conveniente de fossas e sumidouros”, concluiu. O túnel vai escoar as águas pluviais das lagoas do Jacaré e do Preá, passando pela drenagem do estádio Arenas das Dunas. 
 

Cinco empresas concorrem à licitação

LICITAÇÃO DA URBANA

Roberto Lucena
Repórter

A Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) vai anunciar o nome das empresas vencedoras do processo licitatório nº 001/2014 no dia 22 de dezembro. Ontem (28), cinco empresas apresentaram três envelopes com as documentações exigidas no edital e estão pré-habilitadas para disputar a concorrência. A habilitação definitiva das concorrentes será publicada na próxima semana. A licitação tem valor global de R$ 361 milhões e os serviços começam a ser ofertados apenas em fevereiro do próximo ano.

Emanuel AmaralEnvelopes com propostas das empresas foram abertos na sede da OAB na manhã de ontemEnvelopes com propostas das empresas foram abertos na sede da OAB na manhã de ontem

De acordo com a direção da Urbana, mais de 30 empresas retiraram o edital na sede da empresa. No entanto, apenas cinco demonstraram interesse e efetuaram ingresso no processo. Na manhã de ontem, representantes das cinco empresas compareceram ao auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio Grande do Norte (OAB/RN), onde foi realizada a sessão de entrega dos envelopes.

Estão pré-habilitadas as seguintes empresas: Marquise, Rent a Car e Vital, de Natal, além da ETC e Sanepav, de São Paulo. Cada uma delas entregou três envelopes à Comissão de Licitação (CL) da Urbana: um com o preço, outro com a metodologia e um terceiro com a habilitação. Na sessão de ontem, apenas os envelopes de metodologia e habilitação foram abertos e analisados pela CL. O envelope com os preços será aberto apenas no dia 22 de dezembro.

O assessor jurídico da Urbana, Leonardo Pereira, explicou que, nos próximos dias, a CL vai analisar os documentos dos dois envelopes abertos ontem. “Até o fim da próxima semana, divulgaremos quem de fato está habilitado para participar da concorrência”, disse. O assessor informou ainda que, caso alguma empresa seja descredenciada, o envelope contendo o preço desta empresa não será aberto. “Se houver a desabilitação, o envelope é devolvido intacto para a empresa”, acrescentou.

O edital foi dividido em três lotes. O primeiro contempla os serviços nas zonas Norte e Oeste, e tem o valor de R$ 137.667.123,28. O segundo lote engloba as zonas Sul e Leste, no valor de R$ 166.301.970,00. Já o terceiro, no valor de R$ 57.271.939,80, ficará com a aquisição de equipamentos e a administração da estação de transbordo. O valor total da concorrência é de R$ 361.241.033,08. Os contratos têm vigência de 5 anos.

O presidente da Urbana, Jonny Costa, informou que será vencedora de determinado lote a empresa que oferecer o menor preço possível. “A concorrência é um leilão ao contrário. Quem oferecer o maior desconto no preço estabelecido pela Urbana, ou seja, reduzir dos R$ 361 milhões, será o vencedor”, disse. As empresas vencedoras da licitação irão começar as atividades em fevereiro do próximo ano. Até lá, o serviço de limpeza urbana da cidade é feito através de contratos emergenciais.

Atualmente, o Município gasta aproximadamente R$ 5,5 milhões, por mês, com o pagamento de contratos emergenciais a três empresas que prestam serviço a Urbana. Com a homologação da licitação, os atuais contratos serão cancelados automaticamente.

Recursos
Por considerar a licitação restritiva e injusta, o Sindicato das Locadoras de Bens Móveis do Rio Grande do Norte (Sindloc/RN) tentou barrar a licitação e apresentou recursos na CL da Urbana. No entanto, todos os pedidos foram indeferidos. Segundo Jonny, a licitação em curso obedece normas estabelecidas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Estamos seguindo normas definidas pelo TCE e não há qualquer indicativo de sobrepreço no processo”, contou.

Dados do IDHM mostram desigualdades na capital do RN

DIFERENÇAS

Roberto Lucena
Repórter

Mundos diferentes dentro do mesmo espaço geográfico. O que os olhos dos natalenses já constatam todos os dias, foi comprovado pelos números do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, divulgado na última terça-feira (25). Dados do  Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) revelam que, em Natal, uma simples avenida divide realidades  díspares e mostra a dicotomia social existente. De um lado, bairros com  taxas equivalentes a países europeus. Do outro, o cenário lembra países subdesenvolvidos.

Emanuel AmaralDiferenças sociais e urbanas são confirmadas em númerosDiferenças sociais e urbanas são confirmadas em números

Da cobertura de um hotel localizado na esquina da avenida Getúlio Vargas com a avenida Desembargador Dionísio Filgueira – endereço de alguns apartamentos mais caros da cidade –, é possível observar as diferenças que compõem o cenário urbano de Natal. No alto, o “paredão” de prédios imponentes do bairro nobre de Petrópolis promovem aos moradores abastados o privilégio de ter o Oceano Atlântico enquadrado nas janelas de vidro. Lá embaixo, são os tetos alaranjados das residências dos bairros de Santos Reis e Brasília Teimosa que chamam atenção.

Chegando mais perto e caminhando nas ruas de ambos locais, as diferenças ficam mais perceptíveis e exemplificam os números divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) após estudo do  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fundação João Pinheiro. De acordo com o Atlas, os bairros de Petrópolis, Tirol e Areia Preta lideram a lista de unidades de desenvolvimento humano com melhor IDHM em Natal. Santos Reis, Brasília Teimosa e Vietnã estão na outra extremidade, ocupando posições preocupantes.

 No primeiro grupo de bairros, o IDHM é de 0.948 – a melhor pontuação registrada na capital potiguar. O valor é maior que o registrado na Noruega (0.944), país com o mais alto IDH no mundo. O mesmo número registrado em Petrópolis, Tirol e Areia Preta também é apontado em outros bairros como Capim Macio, Neópolis, Lagoa Nova e Parque das Dunas.

Já os bairros de Santos Reis, Brasília Teimosa e comunidade do Vietnã – com IDHM de 0.605 –  ocupam a posição 111º no ranking de unidades em Natal. O índice é parecido com o registado em países como Tajiquistão (país montanhoso encravado na Ásia Central) e Quiribati (uma pequena ilha no Oceano Pacífico). Redinha, Planalto e Dix-Sept Rosado também apresentam IDHM de 0.605.

O IDHM é um índice composto que agrega três das mais importantes dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável, de ter acesso ao conhecimento e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas, representadas pela saúde, educação e renda. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

É fácil perceber porque há disparidade entre os números de bairros que estão separados por poucos quilômetros de distância. Outros aspectos como infraestrutura e serviços públicos, apesar de não configurarem como variáveis no estudo, estão diretamente associados às necessidades básicas.

No primeiro grupo de bairros, as ruas são limpas, arborizadas e o trânsito tem o mínimo de organização. No segundo grupo, as mazelas sociais estão escancaradas e vão desde ao lixo espalhado nas ruas aos índices de violência que geram reclamação entre a população.

ABC se despede com derrota para o Bragantino

JOGOU PRA PERDER

Na despedida da série B, o ABC foi derrotado pelo Bragantino, por 2x0, no Frasqueirão, na tarde desse sábado (29). O resultado não alterou a classificação do time potiguar na tabela da competição, já que com 48 pontos, não corria mais riscos de rebaixamento e terminou o campeonato em 13º lugar. Os gols do jogo foram marcados por Erick, ambos no segundo tempo. A vitória, somada a derrota do América-RN, livrou a equipe paulista do rebaixamento para a série C.
 
O ABC foi derrotado pelo Bragantino, por 2x0, no Frasqueirão
Já garantido na série B de 2015 com uma rodada de antecedência, o ABC optou por mandar um time reserva para o duelo desse sábado. Apenas o zagueiro Samuel, titular durante quase toda a competição, entrou em campo. Os outros 10 jogadores, eram, ou reservas no campeonato, ou das categorias de base, como o goleiro Willian, o lateral direito Jardel e o meio campo Ítalo, todos do sub-19. “É a oportunidade de ver em campo, alguns jogadores que não jogaram com frequência, como o Renan Silva e também para os jovens irem se acostumando a jogos no profissional”, explicou o técnico abecedista, Roberto Fonseca.

O primeiro tempo entre ABC e Bragantino foi marcado por uma situação inusitada: os torcedores abecedistas foram ao Frasqueirão torcer a favor da equipe paulista, que brigava diretamente contra o América/RN, na luta contra o rebaixamento para a série C do Brasileiro de 2015. A cada passe errado e chute para fora do alvinegro potiguar, aplausos vinham das arquibancadas. E, a cada tentativa de pressionar a equipe de Bragança Paulista, os mesmos torcedores vaiavam os atletas do ABC.

Mesmo precisando da vitória, para tentar escapar do rebaixamento, o Bragantino pouca coisa fez no primeiro tempo. Apenas um chute a gol, aos 22 minutos, do lateral esquerdo Bruno Recife, sem perigo ao jovem Willian. Já o ABC, teve mais posse de bola, controlou mais o jogo, mas, pouco fez para pressionar a equipe paulista.

O Bragantino voltou para o segundo tempo mais disposto a fazer seu gol e ficar mais tranquilo na luta contra o rebaixamento. E, para isso, o técnico André Gaspar colocou o jovem Érick no lugar do experiente Motta. E a substituição surtiu efeito logo aos quatro minutos. O camisa 18 dominou no lado esquerdo da área abecedista e chutou forte, rasteiro. A bola foi em cima do goleiro Willian, que falhou na defesa e acabou levando o gol, por baixo das pernas.

O curioso do lance foi que a torcida do ABC comemorou o gol do Bragantino, já que complicava a situação do seu maior rival, América/RN, na classificação da série B.

Depois do gol da equipe paulista, pouca coisa mudou no jogo, com o ABC dominando a posse de bola e o controle do jogo e o Bragantino cauteloso, se defendendo e tentando sair nos contra-ataques, para surpreender os donos da casa.
 
Já no final da partida, Erick recebeu na entrada da área e chutou forte, no ângulo, para marcar o segundo gol e dar números finais da partida.

Ficha técnica
 
ABC (0) Willian; Jardel, Robson, Samuel e Luciano Amaral; Renan Silva, Michel Benhami (Gleidson), Xuxa (Chiclete) e Ítalo; João Henrique e Alvinho (Moisés). Técnico: Roberto Fonseca.
 
BRAGANTINO (2) Matheus; Samuel Santos, Tobi, Leonardo e Bruno Recife; Yago, Geandro, Esquerdinha e Sandro (Magno Cruz); Léo Jaime (Assis) e Motta (Erick). Técnico: André Gaspar.
 
Local: Frasqueirão, Natal/RN
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Público: 2.699 torcedores
Renda: R$ 17.376,00
 
GOLS:
BRAGANTINO: Erick, aos 4´ e aos 44´do 2º T
 

América perde para o Paraná e é rebaixado para a Série C

REBAIXADO

Não deu para o Alvirrubro. O América foi goleado por 4 a 1 pelo Paraná Clube na tarde deste sábado (29) e acabou rebaixado para Série C do Campeonato Brasileiro. Isso porque o Bragantino venceu o ABC por 2 a 0 e abandonou o Z-4, empurrando o Alvirrubro para o grupo do descenso. Com isso, a equipe que vai comemorar o centenário no próximo ano, chamusca a festa que estava sendo programada pela diretoria.
 
O América perdeu a partida por 4 a 1 e acabou rebaixado para a série C do Campeonato Brasileiro
O Paraná abriu o placar com apenas um minuto de de jogo. Carlinhos cruzou e a defesa do América vacilou. Giancarlo só teve o trabalho só de empurrar a bola para o gol.

O segundo gol saiu aos nove minutos do primeiro tempo. Thiaguinho recebeu na área e, com toque colocado, tirou Andrey do lance. A partir daí, o nervosismo era evidente no time do América. Aos 33 minutos, Daniel Costa bateu falta perigosa e quase diminuiu, mas a bola foi para fora.

No segundo tempo, o técnico Roberto Fernandes decidiu mexer. Wanderson deu lugar a Emerson. E foi do atacante o gol que deu esperança à torcida alvirrubra. Aos 30 da segunda etapa, o atacante completou cruzamento de Rodrigo Pimpão e diminuiu.

Com um tempo curto, mas considerado possível para tentar um resultado melhor, o projeto de reação começou a ir por água abaixo quando Lázaro cometeu falta e foi expulso. Daniel Costa, contundido, deixou o campo e o América ficou com dois jogadores a menos que o Paraná em campo. O pior, contudo, ainda estava por vir. Aos 42 do segundo tempo a defesa vacilou, Andrey saiu mal e Thiaguinho ampliou. Ainda houve tempo para Marcos Serrano fazer o quarto gol paranista e decretar o rebaixamento do time potiguar. 

Com o rebaixamento definido, Daniel Costa entrevistado na saída do gramado, optou por não apontar culpados. “Seria fácil apontar os erros agora, mas no meu modo de entender, o fator principal foram a série de dez rodadas sem vencer e os seis jogos que nosso time perdeu em Natal, neste período. Ainda assim nós chegamos na última rodada dependendo apenas de nosso próprio resultado para escapar, novamente não fomos bem e agora temos apenas que pedir desculpas a nossa torcida”, opinou.

Ficha técnica
PARANÁ (4): Marcos; Auremir (Marcos Serrato), Cleiton, Alef e Yan; Edson Sitta (Jean), Leandro Vilela e Lucio Flavio; Thiaguinho, Carlinhos (Tiago Alves) e Giancarlo. Técnico: Ricardinho
 
AMÉRICA-RN (1): Andrey; Wálber (Isac), Cléber, Lázaro e Wanderson (Emerson); Márcio Passos (Jean Cleber), Judson, Daniel Costa e Arthur Maia; Rodrigo Pimpão e Max. Técnico: Roberto Fernandes
 
Local: Estádio Durival Britto e Silva, em Curitiba (PR)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
 
GOLS: PARANÁ: Giancarlo, a 1 minuto, e Thiaguinho, aos 09 minutos do primeiro tempo e aos 43 minutos do segundo temp
AMÉRICA-RN: Emerson, aos 30 minutos do segundo tempo

sábado, 29 de novembro de 2014

Morre o mexicano Roberto Bolaños, o eterno Chaves. Responsável por um fenômeno televisivo que arrebatou legiões de fãs em toda a América Latina, humorista estava com a saúde fragilizada nos últimos anos

MORRE CHAVES

Criador de um fenômeno televisivo que, a partir do México, se espalhou pelo continente e conquistou legiões de fãs em toda a América Latina, o humorista mexicano Roberto Gomez Bolaños, autor e intérprete dos personagens Chaves e Chapolin, morreu nesta sexta-feira, aos 85 anos. Com a saúde fragilizada há mais de uma década, Bolaños passou os seus últimos anos em uma cadeira de rodas, lutando contra problemas respiratórios e complicações de diabetes. Nesta sexta-feira, ele sofreu uma parada cardíaca.

A morte de Bolaños deixa órfã uma geração de fãs brasileiros que cresceu assistindo aos episódios de Chaves, a sua principal criação, reprisados exaustivamente pelo SBT ao longo das últimas três décadas. Um grupo de admiradores fiel que, ignorando todas as limitações técnicas da produção, sempre garantiu ótimos resultados de audiência ao programa mexicano – e sempre mostrou um impressionante poder de mobilização a cada ameaça de cancelamento das exibições do seriado, com campanhas fora e dentro das redes sociais. Nesta sexta, com a notícia da morte do humorista, a direção do SBT estuda levar ao ar um especial para homenageá-lo.

Razão de tanto carinho, a história do garoto orfão que "sem querer querendo" inferniza a vida da vizinhança caiu nas graças do público apostando em piadas ingênuas e sem apelação: um exemplo claro do tipo de humor que Bolaños pregava. "Quando sobram piadas chulas, é porque falta talento", afirmou o mexicano em entrevista a VEJA em 1999. Mesmo não sendo um adepto do politicamente correto – como as pancadas de Seu Madruga em Chaves deixam claro –, Bolanõs fugia do humor preconceituoso nos seus roteiros. "Sempre evitei fazer piadas com raças, religiões, opções sexuais e mulheres. Aliás, nos meus programas as meninas sempre são mais inteligentes. No Chaves, era a Chiquinha quem arquitetava os planos mirabolantes", comentou.

EFE
Debilitado, Roberto Bolaños usava cadeira de rodas
Pequeno Shakespeare - Antes de se tornar o criador – e o rosto – de Chaves, porém, Bolaños já havia construído uma sólida trajetória artística em seu país. Versátil, o mexicano trabalhou desde jovem nas mais diversas mídias: foi roteirista de programas de rádio, peças de teatro, esquetes de televisão e filmes no cinema – muitas vezes assumindo também o papel de ator. Tal habilidade rendeu ao multifacetado artista o apelido de Chespirito – "pequeno Shakespeare" –, alcunha pela qual ficaria conhecido no México até o fim da carreira, encerrada hoje.

A fama internacional, no entanto, só chegaria mesmo a partir dos anos 1970, com a criação de seus dois personagens mais famosos: o presunçoso herói Chapolin Colorado e o ingênuo Chaves. Dono de uma marreta biônica de plástico e de "anteninhas de vinil" sensitivas, Chapolin é uma divertida sátira dos infalíveis super-heróis dos quadrinhos americanos. A série colecionou um enorme número de fãs e conquistou o seu próprio status cult – camisetas com o emblema do personagem são um ícone pop até hoje –, mas seu alcance jamais superou o da outra criação de Bolaños.

 Fenômeno latino - Exibido em mais de cem países ao longo de quatro décadas, Chaves desembarcou no Brasil quase por acaso. A série era parte de um pacotão de programas do canal mexicano Televisa comprado por Silvio Santos para turbinar a programação do ainda jovem SBT. Foi o início de uma bem sucedida parceria. Por quase trinta anos ininterruptos, Chaves foi uma das principais atrações – e curingas – da emissora, cobrindo qualquer buraco que surgisse na grade, e invariavelmente dobrando a audiência da faixa. No auge do sucesso, o humorístico cansou de dar surras na Globo, roubando o primeiro lugar no Ibope e deixando diretores do canal carioca temerosos por seus empregos.

Embora também tenha conquistado fãs em outras partes do mundo, foi na América Latina que a principal obra de Bolanõs ganhou contornos de fenômeno cultural – a ponto de ser comparada pela revista Forbes ao revolucionário Simon Bolivar por seu poder unificador no continente. Para o humorista, os índices de pobreza da região ajudavam a explicar o grande apelo do personagem entre os latino-americanos. "O Chaves é uma criança que não cresce porque não come. O personagem faz sucesso em qualquer lugar do planeta onde haja fome", disse ele na entrevista a VEJA.

Reprodução
Bolanõs abraça Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha: disputas judiciais abalaram amizade com ex-colegas

​Triângulo amoroso - A exibição original de Chaves no México durou de 1971 a 1980 – terminou, portanto, anos antes de o programa sequer começar a ser veiculado no Brasil. Após esse período, o seriado sobreviveu até 1992 como esquete dentro do programa de Chespirito na Televisa, chegando ao fim por causa da idade avançada de Bolaños, então com 63 anos. Muito antes disso, no entanto, o humorístico já havia sofrido baixas em seu elenco – a primeira delas por causa de um inesperado triângulo amoroso entre Chaves, Dona Florinda e Quico. Ou melhor, entre Bolaños, a atriz Florinda Meza e o ator Carlos Villagrán.

Namorada de Villagrán durante anos, Meza trocou o parceiro pelo intérprete de Chaves em 1977. Logo depois, Villagrán anunciou sua saída do programa para seguir carreira-solo. A rusga entre os ex-colegas, porém, não terminou por aí e acabou se desdobrando em uma disputa judicial pelo personagem de Quico. Por causa da briga, Villagrán passou a se apresentar alterando a grafia do nome para "Kiko". Mostrando que o tempo não aplacou a animosidade entre eles, o ator acusou Bolaños em 2011 de não lhe pagar os direitos devidos pelo faturamento do programa. "Tudo quem leva é o Roberto, que é multimilionário", alfinetou.

 Conflito semelhante envolveu a intérprete de Chiquinha, Maria Antonieta de Las Nieves, que se desentendeu com Bolaños em 1994 e travou por mais de uma década uma batalha pelos direitos de uso da personagem. As disputas nos tribunais desgastaram a relação entre Bolaños e os ex-colegas e o criador de Chaves nunca mais retomou a amizade com a dupla. "Ele não atende meus telefonemas nem meus convites. Se não quer, não posso obrigá-lo a ser meu amigo", lamentou Maria Antonieta em entrevista ao site de VEJA em 2013.

O relacionamento com Florinda Meza, porém, rendeu frutos duradouros. Descrita por Bolaños como "uma dessas mulheres que passam de uma em uma e os homens seguem de três em três", a atriz, vinte anos mais nova do que ele, foi sua companheira por mais de trinta anos – nos últimos deles fazendo também o papel de assessora e enfermeira do marido já debilitado.

Perguntado muitas vezes sobre a razão do estrondoso êxito de sua principal obra, Bolaños tinha uma explicação simples – e surpreendentemente satisfatória – na ponta da língua: "Chaves sempre defendeu valores familiares como honestidade e compaixão, e as pessoas se identificam com ele por causa disso".

Edgar Vivar (o Seu Barriga de 'Chaves')

“Roberto, você não se foi, permanece em meu coração e no coração de muitos que você fez felizes. Adeus, Chavinho, até sempre.”


Los supergenios de la mesa cuadrada 1/3 chespirito 1970 (mi v3.1)

Força Tática prende dupla acusada de tráfico de drogas em Ielmo Marinho

PRISÃO

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190rn.com

Dois homens foram presos pela Polícia Militar na noite de ontem, 26, acusados de tráfico de drogas na cidade de Ielmo Marinho.

De acordo com o soldado Cid, em patrulhamento de rotina a guarnição da força tática se deparou com a dupla e na abordagem foi encontrado com eles cerca de 40 papelotes de maconha e um tablete pequeno de crack.

A dupla foi encaminhada a delegacia de plantão da Polícia Civil na Zona Norte de Natal para ser autuado em flagrante por tráfico de drogas.