VANGUARDA
Alessandra Bernardo
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O Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Lais/UFRN) lançou nesta sexta-feira (28) o primeiro Banco de Imagens Médicas do Brasil, o BiMed, que promete auxiliar o desenvolvimento de métodos de diagnóstico precoce de doenças como câncer e aneurismas cerebrais. Com mais de 50 mil exames à disposição para qualquer instituição de ensino ou pesquisa na área de ciências, o órgão já está sendo procurado pela comunidade científica internacional.
Segundo o coordenador do Lais, professor Ricardo Valentim, o banco tem importância para o campo de pesquisa em saúde e para o processo de ensino em radiologia, voltado para profissionais da área. Ele falou que, cada um dos 50 mil exames disponíveis possui milhares de imagens, o que faz com que o órgão tenha inicialmente mais de cinco milhões de imagens, transformando o BiMed no maior acervo mundial, na frente inclusive do existente no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), detentor de algumas poucas centenas de imagens.
“Ele poderá ser estudado por cientistas em todo o mundo, que também poderão acrescentar suas imagens, já que seguimos todos os protocolos internacionais para o funcionamento. Nele, teremos imagens de exames como tomografias computadorizadas, ressonância magnética, hemodinâmica, ultrassonografia, ecocardiograma e outros tipos, sem nenhum tipo de identificação dos pacientes, garantindo total segurança”, afirmou.
Ricardo explicou que o banco irá ajudar no ensino de profissionais de radiologia, que trabalham com suas próprias imagens particulares e que, por este ter um acervo reduzido, geralmente não têm acesso a casos raros. Além disso, o BiMed também será fundamental para melhorar e desenvolver novos métodos de prevenção e combate ao câncer, em que o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento e processo de cura total do paciente.
“Também nos ajudará a entender melhor a dinâmica do aneurisma cerebral, que nós sabemos que a qualquer momento pode se romper, mas não conseguimos identificar o porquê disso. Neste caso, poderemos fazer várias simulações, ao cruzar fatores genéticos e outros, e descobrir informações relacionadas à esta doença. Com certeza, o BiMed vai revolucionar a ciência atual e ser importante fonte de dados para cientistas em todo o mundo”, afirmou.
O acesso ao banco do Lais é gratuito, mas é preciso se cadastrar no site da Telessaúde e enviar uma solicitação da instituição pelo sistema adotado, confirmando o desejo de utilizar as imagens contidas no BiMed. Os interessados receberão ainda uma explicação detalhada sobre como as peças podem ser usadas e já está disponível para visitantes a partir de hoje.
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