COPA DO BRASIL
Nunca Minas Gerais respirou tanto futebol. Nunca
Belo Horizonte sentiu uma ansiedade tão grande pulsando no ar. Nunca houve um
duelo tão decisivo quanto o Cruzeiro x Atlético-MG desta quarta-feira para os
rivais. Nunca o torcedor do Atlético-MG esquecerá a noite de 26 de novembro de
2014. Em um Mineirão com maioria cruzeirense e cheio de lugares vazios por
causa dos altos preços cobrados pelos mandantes, o time de Levir Culpi
desbancou o rival, dono do último Mineiro e dos dois últimos Brasileiros, com
triunfo por 1 a 0 e aumentou a vantagem de dois gols obtida no jogo
de ida para se sagrar pela primeira vez campeão da Copa do Brasil, encerrando
jejum de 43 anos sem título nacional.
A equipe de Diego
Tardelli, autor do único gol do duelo, e companhia sequer necessitou do
sofrimento das duas fases anteriores do torneio, quando precisou conquistar
viradas épicas sobre Corinthians e Flamengo no mesmo Mineirão. Não nesta
quarta. O clube alvinegro foi imensamente superior do início ao fim sobre um
apático Cruzeiro, desgastado com o título do Campeonato Brasileiro conquistado
com antecipação há menos de três dias.
Marcelo Oliveira,
treinador celeste, acumula seu terceiro vice do torneio, visto que já havia
perdido dois com o Coritiba. Mais: despede-se do satisfatório 2014, com título
nacional do Brasileiro, sem sequer ter ganho um jogo do maior rival no ano. No
Campeonato Mineiro, foram três empates por 0 a 0. No Brasileiro, duas vitórias
atleticanas. Os dois triunfos dos alvinegros nas finais da Copa do Brasil, contudo,
foram os mais dolorosos.
O “maior Cruzeiro x
Atlético-MG de todos os tempos” terminou com sorrisos do lado atleticano, na
mesma capital mineira que já havia visto festa celeste no último domingo. A
atual capital do futebol brasileiro, que domina o País nos últimos dois anos,
ganhou na noite desta quarta um novo campeão da Copa do Brasil – o Cruzeiro
poderia conquistar o tetra do torneio. Foi o primeiro título nacional do time
alvinegro desde 1971, quando conquistou seu único Brasileiro.
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