terça-feira, 25 de agosto de 2015

Saída de Temer abre crise grande e impeachment de Dilma deixar de ser factível para se transformar em possibilidade

CRISE NO GOVERNO
 

A decisão do vice Michel Temer (PMDB) de abandonar a articulação política é o que de pior poderia acontecer a presidente Dilma. Analistas políticos experientes dizem que ele nem precisa passar a conspirar contra a titular do cargo: ainda que não estimule isso, o Palácio Jaburu, sua residência oficial, vai virar local de romaria de parlamentares que sonham com a queda de Dilma e a posse dele no Palácio do Planalto.

Para o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), Temer nem precisa fazer coisa alguma. “Se ficar quieto, a presidência cai no seu colo”.

Temer é reconhecido pelos amigos por sua lealdade e ponderação, mas Dilma e o PT sempre o trataram com desdém e desconfiança.

O afastamento de Temer fortalece a defesa que o grupo liderado por Eduardo Cunha faz do rompimento do PMDB com o PT e o governo.

Sem o PMDB na bancada governista, o impeachment de Dilma pode deixar de ser factível para se transformar em forte possibilidade.

Na opinião de Lula, a saída de Michel Temer deve apressar a tramitação do pedido de impeachment de Dilma. Para o ex-presidente, sem o PMDB de Michel Temer, a situação de madame é “delicada”.
No encontro privado com Michel Temer, ontem, Dilma fez um grande esforço para evitar a habitual grosseria. Fingiu até que queria a permanência dele, mas a decisão estava tomada há duas semanas.

Cláudio Humberto

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