O advogado Edson Ribeiro foi preso na manhã desta
sexta-feira (27) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão.
Ele era procurado desde a operação que prendeu o senador Delcídio do
Amaral (PT-MS), o chefe de gabinete do parlamentar, Diogo Ferreira, e o
banqueiro sócio da BTG Pactual, André Esteves, deflagrada dois dias
antes.
Primeiro senador preso no exercício do cargo
Um choque para o Poder, Delcídio do Amaral foi preso por policiais federa no hotel onde vive em Brasília, o mesmo onde o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula havia sido detido na véspera, também como parte dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Foi a primeira vez que um senador da República é preso no exercício do cargo.
Além
do senador, foram presos o chefe de gabinete do parlamentar, Diogo
Ferreira Rodrigues e o banqueiro André Esteves, presidente-executivo e
dono do banco BTG Pactual.
Ao iG, o
Partido dos Trabalhadores e seus advogados afirmaram que ainda não
tinham um posicionamento oficial a respeito da prisão de Amaral até a
publicação desta matéria. A assessoria do BTG não respondeu
imediatamente a um pedido de comentário feito por e-mail.
O governo também foi pego de surpresa e estaria assustado com a prisão do aliado. A tendência é de que a sigla aplique punição exemplar contra o senador, o que poderia levar à sua expulsão, caso seu envolvimento seja comprovado, segundo uma fonte. O presidente do PT, Rui Falcão, que está em Brasília, não foi encontrado para falar sobre o assunto.
A detenção do senador foi autorizada após o Ministério Público Federal apresentar evidências ao STF de que ele tentava atrapalhar as investigações sobre a Lava Jato. Segundo a Procuradoria Geral da República, o senador ofereceu uma mesada de R$ 50 mil por mês para que Nestor Cerveró, um dos ex-diretores da Petrobras que têm colaborado com os investigadores, para que não firmasse um acordo de delação premiada.
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