O banqueiro André Esteves foi durante muito tempo o exemplo do sucesso rápido pela agilidade e agressividade das decisões, fama que conquistou muito jovem quando começou a se destacar como operador do mercado financeiro no antigo banco de investimentos Pactual. Nos últimos anos, porém, se aproximou muito do governo em várias operações, algumas bem controversas como a da Caixa Econômica Federal.
Em 1989, aos 21, Esteves começou a trabalhar no Pactual. Adaptou-se bem à agressiva política de promoções do banco, baseada nos resultados de cada profissional, e em quatro anos já era sócio. De 1993 em diante, foi aumentando sua participação até o patamar de 30% quando, em 2006, comandou a venda do Pactual para o UBS. Foi trabalhar em Londres comandando a operação mundial de renda fixa do banco suíço. Saiu, então, para montar o BTG, em 2008. Um ano depois, no auge da crise financeira internacional, recomprou por US$ 2,5 bi o Pactual, que havia sido vendido por US$ 3,1 bi em 2006. Assim nasceu o banco de investimento BTG Pactual, instituição que assessora os clientes em operações no mercado de capitais, opera ativos e compra participações em outras empresas.
Em 2012, Esteves foi à bolsa lançar ações do banco, avaliado então em US$ 14,5 bi, ou quase R$ 27 bi. Ontem, o valor de mercado do BTG era de US$ 7,7 bi, ou R$ 28,9 bi. A instituição foi internacionalizada e é atualmente uma das grandes operadores de commodities do mundo.
Um momento importante da aproximação de Esteves com o governo foi a sociedade com a Caixa no banco PanAmericano, em 2011. A Caixa havia comprado 49% do banco de Silvio Santos e logo depois se descobriu que a instituição tinha uma fraude bilionária, de R$ 4 bi. A entrada de Esteves no negócio resolveu o problema para as partes dessa malograda operação.
A partir daí, o BTG foi se aproximando do governo. Comprou poços de petróleo da Petrobras na África e virou acionista da Sete Brasil, duas empresas no foco das investigações de corrupção.
Procurado, o BTG informou em nota que “está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações.” As ações do banco, que em 2009 perdeu o grau de investimento, as ações do banco despencaram 28% nesta quarta-feira.
O BTG Pactual de André Esteves, pagou as passagens para Nova York do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e da ex-modelo Letícia Weber, logo após o casamento dos dois, em outubro de 2013, de acordo com notícias resgatadas pelo site Brasil 247 na época.
Além do transporte, Esteves providenciou para os dois uma suíte no luxuoso hotel Waldorf Astoria.
O BTG Pactual disse na época que as despesas custeavam uma palestra de Aécio num evento voltado para investidores estrangeiros e não eram pagamento da viagem de lua de mel do casal.
Aécio não cobrou pela palestra e não procede que Esteves seja padrinho de Casamento do Tucano.
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