segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Corpos de vítimas do acidente aéreo no Sinai chegam à Rússia. Avião com 144 corpos chegou a São Petersburgo nesta segunda-feira (2). Diretor de comitê russo disse ainda ser cedo para tirar qualquer conclusão.

ACIDENTE
Do G1, em São Paulo
Funcionários do Ministérios de Situações de Emergências da Rússia esperam caminhão com os corpos da vítimas do acidente aéreo (Foto: Dmitry Lovetsky/AP Photo)Funcionários do Ministérios de Situações de Emergências da Rússia esperam caminhão com os corpos da vítimas do acidente aéreo (Foto: Dmitry Lovetsky/AP Photo)
 
Um avião russo com 144 corpos das 224 vítimas do acidente aéreo ocorrido no sábado (31) na península egípcia do Sinai chegaram na madrugada desta segunda-feira (2) ao aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, informou a agência "Tass".

O avião do Ministério de Emergências levou os corpos das pessoas que viajavam em um avião de passageiros A321 da companhia russa Kogalymavia que explodiu no ar no dia 31 de outubro cerca de 30 minutos após decolar de Sharm el-Sheikh, segundo as autoridades russas.

Mapa queda do avião (Foto: Editoria de Arte/G1)
O procedimento para identificar os corpos começará esta segunda-feira em São Petersburgo, cidade no noroeste da Rússia, acrescentou a agência.

O avião levava 217 passageiros e sete tripulantes. Quatro dos turistas eram ucranianos e um bielorrusso. Havia 25 crianças.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou um dia de luto para esta segunda-feira devido ao pior desastre aéreo da história russa.

O ministro de Situações de Emergência, Vladimir Stepanov, disse no domingo que "em São Petersburgo os corpos serão levados a um crematório onde será feita a identificação" dos corpos, segundo a "Tass".
Nessa cidade russa os familiares esperam as vítimas do acidente aéreo.

As autoridades anunciaram que psicólogos e médicos de emergência já trabalham com os familiares das vítimas do acidente.

Despeçado no ar
De acordo com o chefe dos especialistas aeronáuticos russos, o avião se despedaçou no ar antes de chegar ao chão. "O deslocamento ocorreu no ar e os fragmentos se espalharam por uma grande superfície de cerca de 20 km 2", declarou Viktor Sorotchenko, diretor do Comitê intergovernamental de aviação (MAK), citado pelas agências russas, indicando, contudo, "ser muito cedo para tirar qualquer conclusão".

O MAK lidera as investigações de catástrofes aéreas na Rússia. Desta forma, Sorotchenko participa da investigação da queda do voo 9268 da Metrojet no Egito ao lado dos investigadores franceses do BEA e alemães do BFU, representando o construtor Airbus, e egípcios. A hipótese de o avião ter se despedaço durante o voo já era considerada a mais plausível pelos especialistas, dada a dispersão dos destroços.

Caixas-pretas
Analistas egípcios começaram a examinar neste domingo (1º) o conteúdo das duas caixas pretas recuperadas do avião, e disseram que pode levar dias para recuperar os dados.


O Ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, e um time de investigadores de alto nível do país chegaram ao Cairo, neste domingo para ajudar as autoridades egípcias a determinar o que causou o acidente. As 224 pessoas a bordo morreram.

O Airbur A321, operado pela companhia aérea russa KogalimAvia, mais conhecida como Metrojet, saiu de Sharm El-Sheikh, cidade no litoral do Egito, e seguia para São Petersburgo, na Rússia.


Ele caiu em uma área montanhosa logo após perder contato com os radares perto de alcançar a altitude de cruzeiro.

Investigadores russos vão considerar todos os cenários possíveis sobre porque o avião caiu, disse o porta-voz do Comitê de Investigação da Rússia em comunicado no site do comitê.


O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, afirmou que as investigações sobre as causas do acidente podem levar meses.

"Esse é um assunto complicado e exige tecnologias avançadas e investigações amplas que podem levar meses", disse ele a recrutas do Exército em um discurso televisionado neste domingo.

Estado Islâmico
O ramo egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) afirmou no Twitter ser o responsável pela queda do avião. Apesar da reivindicação do grupo, uma primeira análise do local do acidente indica que a queda poderia ter sido causada por uma falha técnica. O Ministro russo dos Transportes, Maxim Sokolov, disse à agência Interfax que a afirmação “não pode ser considerada exata”.

O presidente egípcio pediu para que todos esperem os resultados da investigação antes de evocarem possíveis razões para a tragédia.

"Nesse tipo de caso, é preciso deixar trabalhar os especialistas e não evocar as causas da queda do avião, porque isso está sendo investigado", declarou, citado pela agência de notícia Mena.

A Rússia decidiu intervir no conflito sírio para apoiar o governo de Bashar al-Assad, e afirma bombardear alvos do grupo o Estado Islâmico e outros grupos "terroristas" que se opõem ao poder.


Destroço do avião que caiu neste sábado (31) é visto em Hassana, no Sinai egípcio (Foto: Suliman el-Oteify, Egypt Prime Minister's Office via AP)Destroço do avião que caiu neste sábado (31) é visto em Hassana, no Sinai egípcio (Foto: Suliman el-Oteify, Egypt Prime Minister's Office via AP)
 
Vítimas de queda de avião russo no Egito são homenageadas no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, neste domingo (1º) (Foto: Dmitry Lovetsky/AP)Vítimas de queda de avião russo no Egito são homenageadas no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, neste domingo (1º) (Foto: Dmitry Lovetsky/AP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário