terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Natal vai oferecer serviço de castração para cães e gatos

CASTRAÇÃO
O serviço público de castração de animais começa a funcionar em Natal ainda no primeiro trimestre do próximo ano, segundo a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur). O órgão vai colocar nas ruas unidades móveis adaptadas para a realização da cirurgia em cães e gatos.
 
A atividade deverá anualmente R$ 484 mil aos cofres públicos. Duas unidades móveis de castração foram licitadas no último dia 3 de dezembro. A responsabilidade dos “castramóveis”, como serão chamadas as unidades veterinárias, seria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mas em razão dos custos foi transferida para a secretaria de Serviços Urbanos. As unidades irão percorrer as regiões da cidade para ofertar o serviço à população.
 
// Antônio Fernandes, secretário municipal de serviços urbanos
 
A secretaria também fará o serviço de castração em animais de rua. “A Semsur é a pasta que será responsável pelo recolhimento, castração, prevenção e futuramente da chipagem desses animais. Essas unidades servirão como ferramenta da secretaria no que tange esse cuidado”, explica o titular da Semsur, Antônio Fernandes.
 
Para a manutenção desses equipamentos, conta Antônio Fernandes, foram estabelecidas emendas parlamentares. “Vamos usá-las para manutenção e, também, para compra de medicamentos e utensílios necessários nas cirurgias”. De acordo com o titular da pasta serão seis profissionais atuando nessa frente e que integram o quadro municipal.
 
Vereador Sandro Pimentel (PSOL)
 
Como alternativa para garantir recursos, o vereador Sandro Pimentel, autor da lei que criou as unidades móveis de castração, sinalizou emenda que reserva 0,4% da receita tributária do município, algo em torno de R$ 2, 4 milhões, para essa manutenção dos veículos. “Coloquei na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], mas foi barrada durante votação, infelizmente”, esclarece.
 
 
Para a iniciativa tomar corpo, ele conversou com os protetores e procurou entender quais eram as necessidades da classe diante do trabalho com os animais abandonados ou desassistidos. “Todos me disseram que a saída era fazer o controle populacional através da castração”, conta. Segundo estudos, um casal de gatos, por exemplo, pode reproduzir algo em torno de oito mil filhotes em 10 anos.
 
A verba também teria o objetivo de iniciar a construção de um hospital veterinário público em Natal. 
 
Parnamirim aprova atendimentos gratuitos
 
Em Parnamirim, um projeto de lei do vereador Rosano Taveira (PRB), também já aprovado pela Câmara, pretende criar uma clínica de atendimento veterinário público. A iniciativa surgiu para garantir atendimento gratuito se o proprietário do animal doméstico comprovar renda familiar de até três salários mínimos. Apesar de não excluir atendimentos a animais de outras cidades do estado, Taveira destaca que a prioridade são os bichinhos de residências da cidade.
 
Além dos atendimentos, o projeto incluiu o trabalho de órgãos de controle de zoonoses, canis públicos, implantação de microchips e estabelecimentos oficiais responsáveis pelos atendimentos de cirurgia. Segundo o vereador, as castrações ainda não estão incluídas. “Se você quer colocar o projeto muito grande, no final não tem eficácia. A ideia é que funcione nas condições que está aprovado para depois seguir para a parte de castração”, defende.
 
// Vereador Rosano Taveira (PRB):  “atendimento gratuito”
 
Para que o projeto funcione, a gestão busca convênios e parcerias com entidades de proteção animal e outras organizações não- governamentais, bem como universidades, estabelecimentos veterinários, empresas públicas ou privadas. “Conversamos com o pessoal da UNP [Universidade Potiguar]. Eles entrariam com dois veterinários e a prefeitura já dispõe de um o que daria para dar conta junto com os alunos. A estrutura usada seria do Centro de Zoonoses ou outra opção e montar uma estrutura”, detalha.
 
A direção da Universidade Potiguart, em contato com o NOVO, afirmou que aguarda uma reunião com o parlamentar para, na sequência, expressar um posicionamento a cerca de uma possível parceria. “Estamos esperando sentar como vereador para saber a proposta e chegar a um acordo”, explica o coordenador do curso de Veterinária da UNP, Rodrigo Padilha. 
 
Ainda segundo Rosando Taveira, o encontro só deve ocorrer após a sanção do prefeito, já que apesar de ter sido aprovado na Câmara dos Vereadores, o projeto aguarda sanção do prefeito. “Ele vai sancionar, já conversei com ele. Com isso, a ideia é que ele [projeto] seja implantado em 2016”, garante o parlamentar.
 

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