Enquanto o mercado imobiliário aguarda uma reação, começam a surgir opiniões entre empresários do setor
Depois
de dois anos sem um único lançamento, o mercado imobiliário de Natal –
que em 2008 registrou entre 12 a 15 novos empreendimentos – deve
finalmente registrar entre um a três lançamentos até dezembro. Um deles,
em Nova Parnamirim, com mais de 160 unidades, tem um Valor Geral de
Vendas (VGV) de R$ 40 milhões com financiamento da Caixa Econômica
Federal.
Segundo Caio Fernandes, esses lançamentos têm o efeito simbólico de “quebrar o jejum”, uma vez que a falta de dinheiro do consumidor e a dificuldade para acessar crédito com o acirramento da crise econômica fizeram os negócios despencarem. Para o ano que vem, Fernandes acredita que os lançamentos retomarão seu ritmo gradativamente, o que trará uma readequação nos preços do metro quadrado. “O difícil será tirar a crise de dentro da cabeça das pessoas”, observa.
Enquanto o mercado imobiliário aguarda uma reação, começam a surgir opiniões entre empresários do setor que uma sinalização positiva do setor público para melhorar o ambiente de negócios seria estimular a ocupação de tradicionais áreas da cidade ao invés de estimular ocupações em regiões mais distantes, o que aumentaria consideravelmente os investimentos em infraestrutura.
Um exemplo emblemático desse processo está o bairro da Ribeira, que recebeu ao longo dos anos algumas “perfumarias”, como melhorias na praça Augusto Severo (rodoviária antiga), mas nada substancial que envolvesse o seu conjunto de prédios e galpões.
“Se formos comparar a Ribeira com o bairro do Recife Antigo, do início dos anos 90, a Ribeira dessa época seria um paraíso. No entanto, a falta de planejamento e de visão de futuro de nossos administradores nos distanciaram tanto que o Recife Antigo de hoje está a anos luz de nós”, lembra Caio Fernandes, conhecido por cunhar, anos atrás, o nome Alto da Ribeira ao se envolver em projetos naquela região esquecida.
Hoje, ele um dos moradores do bairro, numa privilegiada situação em que pode contemplar mar, rio e terra da própria varanda.
“Nós sempre viramos as costas para o que tínhamos de melhor em favor de experiências aventureiras e ilógicas”, dispara Mário Barreto, hoje baseado nos setores financeiro e imobiliário, mas que atuou fortemente no turismo nas décadas passadas.
Para ele, “a Prefeitura deveria pensar seriamente em transferir toda a sua administração para a Ribeira, aproveitando o baixo preço do metro quadrado e, assim, atrair investimentos privados de empresas que também quisessem se transferir para lá”.
Para o presidente do Sinduscon RN, Arnaldo Gaspar Jr, o erro de se investir em regiões novas, esquecendo-se daquelas pouco adensadas que já se encontram prontas para receberem investimentos, é um erro fatal.
Hoje, o empresário considera que existe um retorno potencial em projetos de Parceria Público Privada (PPPs) entre as empresas e o Poder Público, desde que o capital investido não seja público, mas dê direito de exploração de longo prazo para a iniciativa privada.
É o caso clássico da Zona Norte, que continua relegada à segundo plano, embora represente uma força econômica e populacional inquestionável. Foi quando o prefeito Carlos Eduardo – na gestão anterior – decidiu não licenciar nada enquanto a região não apresentasse uma infraestrutura que respaldasse esse investimento.
Para o empresário Mário Barreto, é uma incógnita a razão pela qual a Prefeitura não aproveitou os baixos preços do metro quadrado e a infraestrutura da Ribeira ou da Praia do Meio, por exemplo, para concentrar ambiciosos projetos de desenvolvimento urbano. “Ao invés disso, atrasaram durante anos a demolição do Hotel dos Reis Magos e mantiveram aquele espaço tão atrasado”, acrescenta.
Mário Barreto se recorda de um tempo não tão distante que várias regiões de Natal hoje relegadas ao esquecimento eram prodigas em pessoas circulando e comerciantes querendo se instalar ali.
“Atualmente, o que há é abandono, descaso, que atinge áreas com potencial econômico, como a Ribeira, a Praia do Meio e a Zona Norte”, conclui.
(Marcelo Hollanda/Portal no Ar)
Segundo Caio Fernandes, esses lançamentos têm o efeito simbólico de “quebrar o jejum”, uma vez que a falta de dinheiro do consumidor e a dificuldade para acessar crédito com o acirramento da crise econômica fizeram os negócios despencarem. Para o ano que vem, Fernandes acredita que os lançamentos retomarão seu ritmo gradativamente, o que trará uma readequação nos preços do metro quadrado. “O difícil será tirar a crise de dentro da cabeça das pessoas”, observa.
Enquanto o mercado imobiliário aguarda uma reação, começam a surgir opiniões entre empresários do setor que uma sinalização positiva do setor público para melhorar o ambiente de negócios seria estimular a ocupação de tradicionais áreas da cidade ao invés de estimular ocupações em regiões mais distantes, o que aumentaria consideravelmente os investimentos em infraestrutura.
Um exemplo emblemático desse processo está o bairro da Ribeira, que recebeu ao longo dos anos algumas “perfumarias”, como melhorias na praça Augusto Severo (rodoviária antiga), mas nada substancial que envolvesse o seu conjunto de prédios e galpões.
“Se formos comparar a Ribeira com o bairro do Recife Antigo, do início dos anos 90, a Ribeira dessa época seria um paraíso. No entanto, a falta de planejamento e de visão de futuro de nossos administradores nos distanciaram tanto que o Recife Antigo de hoje está a anos luz de nós”, lembra Caio Fernandes, conhecido por cunhar, anos atrás, o nome Alto da Ribeira ao se envolver em projetos naquela região esquecida.
Hoje, ele um dos moradores do bairro, numa privilegiada situação em que pode contemplar mar, rio e terra da própria varanda.
“Nós sempre viramos as costas para o que tínhamos de melhor em favor de experiências aventureiras e ilógicas”, dispara Mário Barreto, hoje baseado nos setores financeiro e imobiliário, mas que atuou fortemente no turismo nas décadas passadas.
Para ele, “a Prefeitura deveria pensar seriamente em transferir toda a sua administração para a Ribeira, aproveitando o baixo preço do metro quadrado e, assim, atrair investimentos privados de empresas que também quisessem se transferir para lá”.
Para o presidente do Sinduscon RN, Arnaldo Gaspar Jr, o erro de se investir em regiões novas, esquecendo-se daquelas pouco adensadas que já se encontram prontas para receberem investimentos, é um erro fatal.
Hoje, o empresário considera que existe um retorno potencial em projetos de Parceria Público Privada (PPPs) entre as empresas e o Poder Público, desde que o capital investido não seja público, mas dê direito de exploração de longo prazo para a iniciativa privada.
É o caso clássico da Zona Norte, que continua relegada à segundo plano, embora represente uma força econômica e populacional inquestionável. Foi quando o prefeito Carlos Eduardo – na gestão anterior – decidiu não licenciar nada enquanto a região não apresentasse uma infraestrutura que respaldasse esse investimento.
Para o empresário Mário Barreto, é uma incógnita a razão pela qual a Prefeitura não aproveitou os baixos preços do metro quadrado e a infraestrutura da Ribeira ou da Praia do Meio, por exemplo, para concentrar ambiciosos projetos de desenvolvimento urbano. “Ao invés disso, atrasaram durante anos a demolição do Hotel dos Reis Magos e mantiveram aquele espaço tão atrasado”, acrescenta.
Mário Barreto se recorda de um tempo não tão distante que várias regiões de Natal hoje relegadas ao esquecimento eram prodigas em pessoas circulando e comerciantes querendo se instalar ali.
“Atualmente, o que há é abandono, descaso, que atinge áreas com potencial econômico, como a Ribeira, a Praia do Meio e a Zona Norte”, conclui.
(Marcelo Hollanda/Portal no Ar)
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