Homem incendeia colchão na fronteira da Venezuela com o Brasil em Pacaraima, Roraima - 24/02/2019 (Ricardo Moraes/Reuters)
O Ministério da Defesa brasileiro anunciou um acordo com os soldados venezuelanos instalados na fronteira entre os dois países para evitar novos confrontos. No fim de semana, a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) da Venezuela atacou manifestantes venezuelanos em Pacaraima (RR).
Com a tropa de choque e dois veículos blindados mobilizados, as forças do país vizinho atiraram bombas de gás lacrimogêneo em direção ao território brasileiro e houve um confronto que durou cerca de duas horas.
A situação é tensa na divisa entre os
dois países desde sexta-feira, quando, seguindo ordens de Nicolás
Maduro, a fronteira foi fechada do lado venezuelano, impedindo
assim a entrada de ajuda humanitária vinda de Roraima. O encaminhamento
das doações é apoiado por Juan Guaidó, presidente da Assembleia
Nacional, que se autoproclamou chefe de Estado interino da Venezuela e
conta com o apoio de países como Brasil e Estados Unidos, além da União
Europeia – que consideram fraudulentas as eleições que elegeram Maduro.
Segundo o Ministério da Defesa, há um acordo entre os militares dos dois
países para que confrontos como os de domingo não se repitam.
Confira, abaixo, a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Defesa:
“O Ministério da Defesa intercedeu
para que novos incidentes, na linha de fronteira, envolvendo
venezuelanos e a Guarda Nacional Bolivariana, não voltem a se repetir.
Os veículos antidistúrbios, que
estavam na barreira montada no país vizinho, recuaram imediatamente.
Militares brasileiros e venezuelanos negociaram, no local, e foi
entendida a inconveniência da presença desse tipo de aparato militar. No
lado brasileiro, o controle dos acolhidos foi reforçado para evitar novos confrontos.
Há um ano, o Brasil está engajado na
Operação Acolhida – ação humanitária para atender aos irmãos
venezuelanos que chegam no País. Por isso, o Ministério da Defesa
reitera a confiança numa solução urgente para a situação na Venezuela. A
fronteira do Brasil continua aberta para acolher os refugiados.
Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa”
(Veja.com.br)
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