LAVA JATO
A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro acaba de divulgar uma
nota em que reage aos ataques feitos por Gilmar Mendes, em entrevista à
edição de ÉPOCA desta semana . A nota chama as afirmações de Mendes, que
não apresentou provas para nenhuma das acusações que fez, de
“devaneios”.
Leia a íntegra da nota abaixo.
“As afirmações propaladas há alguns dias na mídia pelo ministro do
STF Gilmar Mendes, sobre uma suposta relação entre procedimentos
instaurados pela Receita Federal contra si, e as suas decisões nos
habeas corpus derivados da Operação Calicute, são devaneios sem qualquer
compromisso com a verdade.
Os membros da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro não têm
conhecimento de qualquer atuação do órgão fazendário que tenha relação,
ainda que indiretamente, com o ministro Gilmar. A Receita Federal, por
meio do seu Escritório de Pesquisa e Investigação (ESPEI) é importante
parceira do Ministério Público Federal nas investigações realizadas,
sendo sua atuação limitada ao objeto das apurações, sempre com respaldo
na lei e prévia autorização judicial.
O auditor que supostamente teria investigado o Ministro não trabalha,
nunca trabalhou ou foi demandado por membros da Força-Tarefa da Lava
Jato do Rio de Janeiro. A propósito, as divergências com o Ministro ou
qualquer outra autoridade foram sempre expressadas em manifestações
formais e em procedimentos próprios, como nos dois pedidos de
suspeição/impedimento que foram feitos, em razão da notória ligação de
Mendes com investigados que por ele foram soltos.
É preocupante que um Ministro do Supremo Tribunal Federal se sinta
perseguido. Havendo fatos ilícitos concretos devem ser objetivamente
apontados, para que sejam investigados. Mas palavras ao vento e
insinuações caluniosas para desqualificar o trabalho de instituições
brasileiras que têm o reconhecimento da sociedade em nada contribuem
para o amadurecimento da nossa democracia.
A afirmação em público de que a Receita Federal presta serviços de
“pistolagem” por encomenda de procuradores e juízes demonstra que Sua
Excelência continua a ofender gratuitamente a honra de magistrados e
servidores porque acredita estar acima do bem e do mal, comportamento
que numa República amadurecida não deve ter espaço.”
(Via: NoticiaBrasilOnline.com)
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