CRISE NA VENEZUELA
A comissão especial para monitorar a ajuda humanitária internacional,
formada por deputados federais da Assembleia Nacional da Venezuela,
prepara denúncia contra direitos humanos e com acusações ao governo do
presidente venezuelano, Nicolás Maduro, à Corte Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH) e ao Tribunal Penal Internacional.
Comunicado divulgado pela Assembleia Nacional da Venezuela, por meio
das redes sociais, informa que o grupo documentou detalhadamente os atos
de violência na fronteira do Brasil com a Venezuela.
O coordenador da comissão, deputado Miguel Pizarro, afirmou, em
entrevista, que o ato de queimar ajuda humanitária, constituída de
alimentos e medicamentos, representa crime contra a humanidade.
Crimes
“Crimes contra a humanidade não prescrevem e é importante lembrar que, no sábado [23], também houve ataques a um hospital onde os feridos foram tratados”, disse o parlamentar.
Pizarro participou das ações de ajuda humanitária, acompanhado pelo
vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Stalin González; os
deputados federais Adriana Pichardo e Juan Andrés Mejías, além da
ativista de direitos humanos Lilian Tintori, do médico voluntário,
Julio Castro, e do coordenador voluntário da Venezuela, Daniel Liendo.
Segundo Pizarro, foi possível entrar com 50 toneladas de ajuda humanitária que serão entregues nos próximos dias.
Neutralidade
Para o vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Stalin
González, não é possível assumir uma posição de neutralidade, como
optaram os governos do Uruguai e México.
"Uruguai e México não podem ser neutros, quando o que estamos vendo
aqui são aqueles que usurpam o poder e usam paramilitares armados e
pessoas para atirar em uma população que quer tomar remédios e receber
comida. Não se pode ser neutro sobre os crimes que estão acontecendo na
Venezuela hoje", disse González.
(Por
Agência Brasil)
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