sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Japão reitera apoio a Guaidó e diz que deixará de cooperar com Maduro. Posição do país asiático havia sido colocada em dúvida pelo embaixador venezuelano, que dizia ainda haver relações japonesas com Maduro

VENEZUELA
 
 O líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó (Federico Parra/AFP)

O governo do Japão afirmou, nesta sexta-feira 22, que, ao manifestar seu “apoio” ao autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, considera que não vai continuar cooperando com o governo de Nicolás Maduro.

A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores do Japão, Taro Kono, durante entrevista coletiva, ao ser perguntado sobre os novos parâmetros da relação entre o país asiático e a Venezuela.

Na última terça, Kono anunciou a decisão do governo japonês de expressar o seu “claro apoio ao presidente interino Guaidó”, insistindo na necessidade de eleições livres e justas na Venezuela “o mais breve possível”.

No entanto, no dia seguinte, o embaixador da Venezuela em Tóquio, Seiko Ishikawa, afirmou que, segundo o que lhe disseram altos funcionários japoneses, isso não significava um reconhecimento de Guaidó como presidente.

Na entrevista coletiva de hoje, Kono voltou a apontar Guaidó como “presidente interino” e insistiu que o Japão já havia expressado seu apoio.

“Na medida em que o Japão já manifestou seu apoio ao presidente interino Guaidó, ele não mais cooperará com o presidente Maduro”, afirmou o ministro japonês.

No entanto, consultado sobre se ao apoiar Guaidó existe a intenção do Japão de retirar as credenciais de Ishikawa como representante do governo de Maduro, Kono descartou essa possibilidade.

“Eu o conheço muito bem (embaixador Ishikawa). Ele tem ajudado a promover as relações bilaterais, de modo que não tenho a intenção de retirar suas credenciais ou qualquer outra coisa”, expressou Kono.

Porém, o chanceler disse que Ishikawa pode ter compreendido mal a situação, sem especificar em que sentido, embora aparentemente se referindo as declarações do diplomata venezuelano sobre a suposta vontade de Tóquio de seguir trabalhando com o governo de Maduro.


(Por EFE)

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