O líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó (Federico Parra/AFP)
O governo do Japão afirmou, nesta sexta-feira 22, que, ao manifestar seu “apoio” ao autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, considera que não vai continuar cooperando com o governo de Nicolás Maduro.
A declaração foi feita pelo ministro das
Relações Exteriores do Japão, Taro Kono, durante entrevista coletiva, ao
ser perguntado sobre os novos parâmetros da relação entre o país
asiático e a Venezuela.
Na última terça, Kono anunciou a decisão
do governo japonês de expressar o seu “claro apoio ao presidente
interino Guaidó”, insistindo na necessidade de eleições livres e justas
na Venezuela “o mais breve possível”.
No entanto, no dia seguinte, o embaixador da Venezuela em Tóquio,
Seiko Ishikawa, afirmou que, segundo o que lhe disseram altos
funcionários japoneses, isso não significava um reconhecimento de Guaidó
como presidente.
Na entrevista coletiva de hoje, Kono
voltou a apontar Guaidó como “presidente interino” e insistiu que o
Japão já havia expressado seu apoio.
“Na medida em que o Japão já manifestou
seu apoio ao presidente interino Guaidó, ele não mais cooperará com o
presidente Maduro”, afirmou o ministro japonês.
No entanto, consultado sobre se ao apoiar
Guaidó existe a intenção do Japão de retirar as credenciais de Ishikawa
como representante do governo de Maduro, Kono descartou essa
possibilidade.
“Eu o conheço muito bem (embaixador
Ishikawa). Ele tem ajudado a promover as relações bilaterais, de modo
que não tenho a intenção de retirar suas credenciais ou qualquer outra
coisa”, expressou Kono.
Porém, o chanceler disse que Ishikawa
pode ter compreendido mal a situação, sem especificar em que sentido,
embora aparentemente se referindo as declarações do diplomata
venezuelano sobre a suposta vontade de Tóquio de seguir trabalhando com o
governo de Maduro.
(Por
EFE)
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