EXCLUSIVO
O presidente Jair Bolsonaro (Cristiano Mariz/VEJA)
Durante duas horas, o presidente Jair Bolsonaro
falou com exclusividade ao diretor de redação de VEJA, Mauricio Lima, e
ao redator-chefe Policarpo Junior sobre reformas, desemprego, reeleição,
os filhos, o amigo enrolado Fabrício Queiroz, o guru Olavo de Carvalho,
trapalhadas de ministros, Lula, o PT, sabotagens, tuitadas e o atentado
que sofreu durante a campanha, tema que, ao ser invocado, mudou
completamente o ritmo da conversa, a fisionomia e o humor do presidente.
Em uma das respostas, disse que as pessoas acreditavam que
ele resolveria os problemas do país “no peito e na raça”. “Não é assim”,
afirmou.
Como o senhor avalia a atuação da bancada do PSL, o seu partido?
É um partido que foi criado, na verdade, em março do ano passado e
buscava pessoas, num trabalho hercúleo no Brasil. Então nós fomos
pegando qualquer um: “Quebra o galho, vem você, cara, vamos embora”. E
tem muita gente que entrou e acabou se elegendo com a estratégia que eu
adotei na internet. Só para ter uma ideia, o Major Olimpio, que estava
em quarto em São Paulo, passou a ser o primeiro e se elegeu senador. Eu
falava: “Clica aqui. Vote em um desses colegas nossos”. Teve muita gente
que falou para mim:
“Nossa, eu não esperava me eleger”. Por isso o
pessoal chegou aqui completamente inexperiente, alguns achando que vou
resolver o problema no peito e na raça. Não é assim.
(Por Mauricio Lima e Policarpo Junior/Veja.com.br)
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