CONDENADO
Jorge Antônio Batalino Riguette, de 67 anos, foi preso em outubro de 2018 Foto: Reprodução
RIO — Considerado pelo
FBI
, a polícia federal dos Estados Unidos, como um dos 100 maiores distribuidores de arquivos de
pornografia infanto-juvenil
na internet,
Jorge Antônio Batalino Riguette
, de 67 anos, foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão em regime
fechado pela Justiça Federal. Ele foi preso em outubro de 2018, na casa
onde vivia, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
A investigação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal
aponta que Rigette armazenava em dispositivos eletrônicos mais de 1,2
milhões de imagens e vídeos de crianças e adolescentes em cenas de
exploração sexual.
Riguette foi condenado também por ter compartilhado pelo menos 197
arquivos em bancos de dados internacionais contendo cenas de sexo
explícito ou pornográficas envolvendo crianças e adolescentes. Alguns
arquivos mostravam a exploração sexual de um bebê e de crianças de um e
dois anos de idade.
O procurador da República João Felipe Villa do Miu, responsável pela
ação, destacou que crimes cibernéticos que vitimizam crianças e
adolescentes vem merecendo atuação prioritária no mundo todo:
"Nessa investigação, o condenado, que é programador, montou em seu
apartamento verdadeiro 'bunker' para transmissão e armazenamento de
arquivos criminosos. A Polícia Federal e MPF agiram com eficiência na
fase investigativa e processual, para permitir que a Justiça cumprisse
seu papel com rapidez".
Na sentença, o juiz federal Artur Emílio de Carvalho Pinto ressaltou que
Rigette deixou claro que sabia que estava cometendo um crime ao
armazenar e compartilhar os arquivos, já que informou em interrogatórios
que "cursou alguns anos da faculdade de Direito". Carvalho Pinto
destaca ainda que o réu "tinha conhecimento especializado em informática
e experiência com programas com tecnologia".
(Por:O Globo)
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