ÚLTIMO ADEUS AO ÍDOLO
Velório do músico foi marcado pela comoção de familiares, amigos e artistas da música nacional
O corpo do cantor e compositor Gabriel Diniz foi enterrado no final da
tarde desta terça-feira, 28, no Cemitério Parque das Acácias, em João
Pessoa, cidade na qual o músico nascido em Campo Grande escolheu para
viver com a família. Os restos mortais do músico seguiram num cortejo em
carro aberto do Corpo de Bombeiros da Paraíba, acompanhado de milhares
de fãs. O sepultamento, porém, foi restrito a familiares e amigos
íntimos.
GD, como era conhecido, morreu num acidente aéreo no final da manhã da
segunda-feira, 27, no litoral de Sergipe. A aeronave, um monomotor
privado, era pilotado por Linaldo Xavier e Abrãao Farias, ambos
diretores do Aeroclube de Alagoas. Diniz embarcou em Salvador e ia de
carona para Maceió, onde comemoraria o aniversário de 25 anos da
namorada.
O velório do músico, realizado no Ginásio Ronaldão, em
João Pessoa, foi inicialmente aberto aos familiares, amigos e
integrantes da banda. Logo em seguida, os portões foram abertos aos fãs,
que lotaram as arquibancadas do ginásio para a missa de corpo presente.
Cantores como Wesley Safadão e Xand Aviões prestaram homenagens ao
amigo morto e ressaltaram sua alegria, carisma e vontade de trabalhar
mais com a música.
O pai de Gabriel Diniz, Francisco Diniz,
falou à imprensa e destacou que o filho amava o que fazia e se sentia
muito feliz com o sucesso do hit 'Jenifer' e da agenda lotada para o São
João. Gabriel Diniz tinha shows agendados nesta quarta e quinta-feira
em São Paulo, além de uma agenda lotada ao longo do mês de junho que
incluía shows em Natal e Mossoró.
Nas redes sociais, houve uma
grande comoção de fãs e amigos de Diniz. "Eu vivo dizendo que a vida é
uma montanha-russa de emoções. Hoje a sensação que tenho é de que estou
descendo sem freio uma curva radical demais (...). Tô há algumas horas
paralisada tentando assimilar o golpe e recebendo a distância os abraços
dos amigos", escreveu a atriz Mariana Xavier, que estrelou o clipe de
Jenifer.
Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro, o avião não
tinha licença para fazer táxi aéreo e era registrado apenas para voos de
instrução. Ele também estava em situação de penhora. A aeronave
poderia, porém, ser utilizada para uso pessoal dos diretores, e estava
com a manutenção em dia, segundo o Aeroclube. O acidente será
investigado pela Aeronáutica por meio do Cenipa (Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), com o objetivo de evitar novas
ocorrências semelhantes. Investigadores do Segundo Serviço Regional de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) trabalham
na ocorrência.
(Por:TN)
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