Policiais são vistos nos arredores do presídio localizado em Manaus (AM), após série de massacres no estado - 27/05/2019 (Sandro Pereira/Folhapress)
Em decreto publicado no Diário Oficial da União
desta terça-feira 29, o governo federal oficializa o envio de um
reforço de segurança para combater a crise penitenciária enfrentada pelo
estado do Amazonas. Entre domingo e segunda-feira, 55 detentos morreram em unidades prisionais na capital Manaus.
A Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária – FTIP atuará por noventa dias na cidade, para
exercer atividades e serviços de guarda, vigilância e custódia de
presos. O decreto não especifica o número de profissionais a ser
disponibilizado, que obedecerá planejamento definido pelos entes
envolvidos na operação.
O ministro de Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, havia antecipado a medida na manhã desta terça-feira. Pela
tarde, o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros,
compartilhou impressões de Jair Bolsonaro sobre o massacre de presos
cometido em Manaus.
“Obviamente, o presidente está consternado pelo processo escabroso que
ocorreu naquele sistema penitenciário. E já vem orientando o ministro
Moro no sentido de colocar toda a sua força como ministro da Justiça e
Segurança Pública para apoiar aquele estado e debelar o mais pronto
possível qualquer atividade que venha a se colocar em contra a
sociedade, em especial aqueles presos que se encontram presos naquele
complexo penitenciário”, disse Rêgo Barros.
Desde janeiro de 2017, quando uma
rebelião deixou 56 mortos no Compaj, a Força Nacional de Segurança
Pública já atua na segurança externa do presídio que voltou a registrar
mortes nesta semana.
Mais 40 mortes em três presídios
Após as quinze mortes registradas no
Compaj no domingo, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária
confirmou na segunda-feira, 27, que outros 40 presos foram encontrados
sem vida em três unidades prisionais em Manaus. O massacre ocorreu por
enforcamento no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), na Unidade
Prisional do Puraquequara (UPP) e no Centro de Detenção Provisória
Masculino (CDPM I).
Agentes do Grupo de Intervenção Prisional
(GIP) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar fazem revista e
recontagem dos presos. Um inquérito será aberto para investigar os
homicídios.
(Por Diego Freire/Veja.com.br)
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