TCU
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Em outubro, o Radar revelou uma nova leva de mensagens roubadas pelo
hacker no celular de Deltan Dallagnol. O material era formado por
conversas do chefe da Lava-Jato com o procurador do Ministério Público
junto ao TCU Júlio Marcelo de Oliveira, sobre supostos podres dos
ministros da Corte.
“Precisamos limpar o TCU. O papel do TCU é importante demais para que
ele fique infiltrado por bandidos”, escreveu Julio em uma delas. Ao
Radar, Júlio Marcelo não reconheceu a legitimidade das mensagens.
A revelação levou os ministros do TCU a realizarem uma sessão secreta
em que aprovaram a requisição, junto ao STF, das mensagens citadas pelo
Radar. A decisão deflagrou uma disputa judicial.
Em decisão da última quarta-feira, a Justiça Federal negou o pedido
de Júlio Marcelo para suspender liminarmente os efeitos da sessão
administrativa realizada pelo TCU.
Por maioria, os ministros que participaram da sessão solicitaram ao
ministro do STF Alexandre de Moraes – relator do inquérito das fake news
– o compartilhamento dos diálogos travados entre o procurador e o
coordenador da Lava-Jato no Paraná, Deltan Dallagnol.
Na decisão, que levou em consideração aspectos processuais, o juiz
federal João Carlos Mayer Soares entendeu que “tendo em conta estar o
julgado do Tribunal de Contas da União, na via da ação mandamental,
sujeito à competência originária do Supremo Tribunal Federal […] entendo
não ser cabível a concessão da antecipação de tutela pretendida”.
Mesmo assim, o magistrado deu 15 dias para que o procurador do TCU
diga quais são as provas que pretende produzir. O mérito do pedido ainda
será analisado.
(Por:Mariana Muniz/Radar)
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