SENADOR
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é a estrela do inquérito Cristiano Mariz/VEJA
Um inquérito no STF, o de número 4.851, está deixando todo o setor portuário preocupado. A investigação, que apura tráfico de influência e pagamento de propina entre Renan Calheiros (MDB-AL) e o empresário Milton Lyra, pode revisitar toda a aprovação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, entre 2012 e 2013. O episódio marcou um dos capítulos mais conflituosos entre o governo Dilma e Eduardo Cunha (MDB-RJ), à época líder do partido na Câmara. Segundo o Ministério Público Federal, Ricardo Klien, dono da Multiterminais e então sócio de Daniel Dantas na empresa de terminais portuários Santos Brasil, utilizou Lyra, considerado um operador de Renan, para conseguir alterar a MP à sua maneira.
A investigação ainda está nos primeiros passos e, até onde consta nos autos, não ultrapassa os limites desses três nomes: Klien, Lyra e Renan. Contudo, outros donos de terminais já estão entendendo que, com o andar da carruagem, os demais grupos que participaram das discussão também serão investigados, como o grupo Libra. Além, é claro, da inclusão do nome de Eduardo Cunha como investigado. O risco maior, contudo, afirmou uma fonte do setor, é que a inquérito sirva de argumento para o Congresso revisar toda a legislação aprovada à época, que permitiu a antecipação da renovação dos contratos com baixíssimo valor de outorga.
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