sábado, 30 de agosto de 2014

Hora de revitalizar o Centro Histórico

CENTRO HISTÓRICO

Yuno Silva
repórter

Até o final deste ano, se tudo correr dentro dos conformes, o Centro Histórico de Natal deverá se transformar em um grande canteiro de obras. Essa é a expectativa da superintendência regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que anunciou para o mês de setembro o lançamento das primeiras licitações voltadas a empresas interessadas em conduzir a restauração de imóveis tombados pelo patrimônio e praças localizadas nos bairros da Ribeira e Cidade Alta. Ao todo, serão aplicados R$ 43,5 milhões na capital do RN através do PAC Cidades Históricas.

Adriano AbreuProjetos de requalificação das praças não terão avaliação do Iphan, apenas de técnicos da Caixa, por isso reforma deve começar logoProjetos de requalificação das praças não terão avaliação do Iphan, apenas de técnicos da Caixa, por isso reforma deve começar logo

A restauração do Forte dos Reis Magos, primeiro projeto aprovado pelo PAC-CH no país, com orçamento estimado em R$ 8,5 milhões, segue na dianteira e já deu os primeiros passos: “Iniciamos a substituição da passarela interna de madeira, para que a visitação ao Forte não seja interrompida durante as obras de restauração”, informou Onésimo dos Santos, superintendente do Iphan-RN. Ele acredita que todas as obras deverão ser iniciadas até dezembro. “Os projetos estão prontos e a análise está bem adiantada”, garantiu.

As propostas são analisadas em duas frentes: a parte das intervenções físicas está à cargo do próprio Iphan-RN, enquanto o orçamento é verificado pelo órgão nacional em Brasília. “A única exceção são os projetos de requalificação das praças, que estão sendo avaliados localmente por técnicos da Caixa Econômica (agente financeiro do PAC-Cidades Históricas)”, disse Santos.

O Iphan-RN aprovou três projetos, que totalizam R$ 11,1 milhões: as restaurações do  Forte, do antigo Armazém Real da Capitania (primeira sede do Instituto na Cidade Alta) e do casarão do Arquivo Arquidiocesano (imóvel também na Cidade Alta que teve parte da estrutura destruída após as chuvas de março passado). O Governo do RN abocanhou a maior fatia, R$ 24,9 milhões, e está responsável pela restauração do Teatro Alberto Maranhão, o imóvel onde funciona a Escola de Dança do TAM, na rua Chile, e 11 praças no perímetro do Centro Histórico.

As outras duas instituições contempladas foram a UFRN (R$ 5,9 milhões) e a Prefeitura de Natal (R$ 2,1 milhões). A Universidade Federal está comprometida com a restauração do antigo Grupo Escolar Augusto Severo e com edifício da Secretaria Municipal de Tributação (Semut), sede do antigo Instituto de Matemática; e o município aprovou obras no Palácio Felipe Camarão e no albergue municipal, antigo Hotel Central, na Ribeira.

Vale lembrar que o tombamento dos 28 hectares que compreendem o Centro Histórico de Natal foi homologado pelo Ministério da Cultura no dia 18 de julho – o processo iniciado em 2010 destaca 64 edificações de relevância histórica. “O MinC apenas oficializou, a área tombada não sofreu nenhuma alteração. Nosso próximo passo é realizar estudos individualizados e criar normativas para nortear como esse patrimônio deve ser preservado, o que pode ser alterado e o que precisa ser demolido”, disse Onésimo.

Intervenções  Históricas em Natal
Total: R$ 43,5 milhões

Sob responsabilidade do Iphan-RN - R$ 11,1 milhões
. Restauração do Forte dos Reis Magos - R$ 8,5 milhões
. Restauração do Casarão do Arquivo Arquidiocesano - R$ 1,5 milhão
. Restauração do Antigo Armazém Real da Capitania (antiga sede do Iphan/RN na Cidade Alta) - R$ 1,1 milhão

Prefeitura do Natal - R$ 2,1 milhões
. Restauração do Palácio Felipe Camarão (sede do executivo municipal) - R$ 1,5 milhão
. Reabilitação do Antigo Hotel Central (albergue noturno na Ribeira) - R$ 610 mil

Governo do RN - R$ 24,9 milhões
. Requalificação de 11 Praças no Centro Histórico - total R$ 9,9 milhões
. Restauração do casarão da Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão - R$ 11 milhões
. Restauração do Teatro Alberto Maranhão - R$ 4 milhões

UFRN - R$ 5,9 milhões
. Restauração do edifício da Semut (antigo Instituto de Matemática) - R$ 3,3 milhões
. Restauração do Antigo Grupo Escolar Augusto Severo, na Ribeira - R$ 2,6 milhões

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