PRA COMEMORAR
Diego Hervani
diegohervani@gmail.com
Se a violência tem crescido nos últimos meses no RN, principalmente em Natal, há pelo menos um motivo para comemorar: Os números de acidentes, feridos e mortos nas estradas potiguares apresentaram uma redução significativa nos sete primeiros meses de 2014, se comparado ao mesmo período em 2013.
Entre janeiro e final de julho de 2013, pelo menos 2149 acidentes foram registrados nas estradas federais que cruzam o RN. Em 2014, esse número caiu para 1.979 – uma diminuição de 8%. A quantidade de feridos também baixou, passando de 1.070 para 1.003 – uma redução de 6,2%. Mas a situação mais comemorada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi o número de mortos, que passou de 100 em 2013 para 79 em 2014, uma baixa de 21%. “Claro que estamos muito satisfeitos por termos conseguido reduzir o número de ocorrências como um todo. Contudo, conseguir diminuir o número de mortes foi sempre o nosso principal objetivo. Felizmente, estamos conseguindo. Aumentamos as fiscalizações nas estradas, mas queremos reduzir ainda mais esse número”, comemorou Roberto Cabral, inspetor da PRF.
De acordo com ele, as principais causas dos acidentes nas estradas são o excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas e a ingestão de bebidas alcoólicas. “Nas fiscalizações e blitzens que fazemos, além das punições, quando encontramos alguma irregularidade, também realizamos um trabalho educativo. Mostramos os riscos do excesso de velocidade e de ultrapassagens em locais proibidos. Além disso, também fazemos abordagens com radares para inibir exatamente o excesso de velocidade. Os números comprovam que essas medidas estão trazendo resultados”, disse Cabral, que ainda completou – “Cerca de 30% dos acidentes nas estradas são colisões frontais. Muitas vezes, por imprudência na hora de ultrapassar e também pela própria ingestão de bebidas alcoólicas, que fazem os condutores perderem o controle do veículo”.
Em relação ao número de mortos, o inspetor destacou que em 42% dos casos, as vítimas estavam em veículos de duas rodas. “As motocicletas são veículos que, por si só, já trazem um risco maior para o condutor e também para o passageiro. Quando o condutor passa a desrespeitar as leis do trânsito, o risco fica ainda maior. Se um motociclista está em alta velocidade e perde o controle do veículo, seja por uma batida ou outro motivo qualquer, a chance de um acidente fatal é muito grande”.
De todas as estradas que passam pelo Rio Grande do Norte, a que causa maior preocupação na PRF é a BR-304, que liga Natal a Mossoró. “Essa estrada é a que tem o maior número de mortes. A estrada tem uma pista simples, é cheia de curvas e também tem muitas retas, o que faz com que os condutores queiram dirigir acima da velocidade permitida. Mas recentemente essa BR foi duplicada no perímetro urbano de Mossoró, o que também ajudou a reduzir o número de mortos. Já a BR-101 (Natal-Parnamirim) e BR-101 Norte (Natal – Ceará-Mirim) são as que mais têm registros de acidentes, mas são acidentes mais simples, causados mais pela questão de falta de atenção mesmo, como uma batida na parte de trás do veículo”.
Em dados divulgados recentemente, a PRF informou que, entre janeiro e junho deste ano, já havia realizado mais de 20 mil testes de bafômetro. Desse total, 781 foram autuados, dos quais 141 acabaram presos. No combate as infrações que contribuem para os acidentes mais graves, cerca de 2.400 motoristas foram autuados por ultrapassagens proibidas, novecentos por excesso de velocidade e mais de mil e quatrocentos por não estarem utilizando o cinto de segurança.
Duas mortes na BR-405
Apesar de não aparecer na lista de “mais perigosas”, a BR-405 registrou duas mortes nessa quinta-feira (28). Uma das vítimas foi uma mulher conhecida como Neidinha, que trabalhava como professora em Itaú-RN. Segundo informações da PRF, ela estava voltando para a cidade depois de participar de uma formatura na cidade de Pau dos Ferros, quando perdeu o controle do veículo e saiu da estrada. Além da vítima, no carro ainda estavam mais cinco pessoas, que tiveram apenas ferimentos leves. Os outros ocupantes ainda conseguiram ligar para o socorro, mas quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou, a mulher já estava morta.
O outro acidente com vítima fatal na BR-405 quilômetro 13, na Zona Rural de Mossoró. Segundo informações, um veículo Fiat Uno seguia sentido Mossoró, quando colidiu frontalmente com uma motocicleta que vinha no sentido contrario.
A moto era conduzida por Luiz Gonzaga da Costa, de 49 anos, morador do bairro Alto da Conceição, em Mossoró. Com o impacto da batida, a vítima foi arremessada da moto e caiu no meio da pista. Ele morreu na hora. Segundo patrulheiros da PRF, motociclista invadiu a contramão da via causando o acidente. O condutor do veiculo permaneceu no local e acionou o socorro médico.
Já na RN-177, o corpo de Eliel Cavalcante de Carvalho, de 63 anos, foi encontrado em um monte de entulho ao lado da via. O local é uma reta e não havia sinais de choque com outro veiculo, nem na motocicleta e nem no seu corpo, que pudessem justificar a saída de pista e o acidente. Segundo a PM, as primeiras suspeitas são de que a vítima tenha passado mal e perdido o controle do veículo.
diegohervani@gmail.com
Se a violência tem crescido nos últimos meses no RN, principalmente em Natal, há pelo menos um motivo para comemorar: Os números de acidentes, feridos e mortos nas estradas potiguares apresentaram uma redução significativa nos sete primeiros meses de 2014, se comparado ao mesmo período em 2013.
Entre janeiro e final de julho de 2013, pelo menos 2149 acidentes foram registrados nas estradas federais que cruzam o RN. Em 2014, esse número caiu para 1.979 – uma diminuição de 8%. A quantidade de feridos também baixou, passando de 1.070 para 1.003 – uma redução de 6,2%. Mas a situação mais comemorada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi o número de mortos, que passou de 100 em 2013 para 79 em 2014, uma baixa de 21%. “Claro que estamos muito satisfeitos por termos conseguido reduzir o número de ocorrências como um todo. Contudo, conseguir diminuir o número de mortes foi sempre o nosso principal objetivo. Felizmente, estamos conseguindo. Aumentamos as fiscalizações nas estradas, mas queremos reduzir ainda mais esse número”, comemorou Roberto Cabral, inspetor da PRF.
De acordo com ele, as principais causas dos acidentes nas estradas são o excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas e a ingestão de bebidas alcoólicas. “Nas fiscalizações e blitzens que fazemos, além das punições, quando encontramos alguma irregularidade, também realizamos um trabalho educativo. Mostramos os riscos do excesso de velocidade e de ultrapassagens em locais proibidos. Além disso, também fazemos abordagens com radares para inibir exatamente o excesso de velocidade. Os números comprovam que essas medidas estão trazendo resultados”, disse Cabral, que ainda completou – “Cerca de 30% dos acidentes nas estradas são colisões frontais. Muitas vezes, por imprudência na hora de ultrapassar e também pela própria ingestão de bebidas alcoólicas, que fazem os condutores perderem o controle do veículo”.
Em relação ao número de mortos, o inspetor destacou que em 42% dos casos, as vítimas estavam em veículos de duas rodas. “As motocicletas são veículos que, por si só, já trazem um risco maior para o condutor e também para o passageiro. Quando o condutor passa a desrespeitar as leis do trânsito, o risco fica ainda maior. Se um motociclista está em alta velocidade e perde o controle do veículo, seja por uma batida ou outro motivo qualquer, a chance de um acidente fatal é muito grande”.
De todas as estradas que passam pelo Rio Grande do Norte, a que causa maior preocupação na PRF é a BR-304, que liga Natal a Mossoró. “Essa estrada é a que tem o maior número de mortes. A estrada tem uma pista simples, é cheia de curvas e também tem muitas retas, o que faz com que os condutores queiram dirigir acima da velocidade permitida. Mas recentemente essa BR foi duplicada no perímetro urbano de Mossoró, o que também ajudou a reduzir o número de mortos. Já a BR-101 (Natal-Parnamirim) e BR-101 Norte (Natal – Ceará-Mirim) são as que mais têm registros de acidentes, mas são acidentes mais simples, causados mais pela questão de falta de atenção mesmo, como uma batida na parte de trás do veículo”.
Em dados divulgados recentemente, a PRF informou que, entre janeiro e junho deste ano, já havia realizado mais de 20 mil testes de bafômetro. Desse total, 781 foram autuados, dos quais 141 acabaram presos. No combate as infrações que contribuem para os acidentes mais graves, cerca de 2.400 motoristas foram autuados por ultrapassagens proibidas, novecentos por excesso de velocidade e mais de mil e quatrocentos por não estarem utilizando o cinto de segurança.
Duas mortes na BR-405
Apesar de não aparecer na lista de “mais perigosas”, a BR-405 registrou duas mortes nessa quinta-feira (28). Uma das vítimas foi uma mulher conhecida como Neidinha, que trabalhava como professora em Itaú-RN. Segundo informações da PRF, ela estava voltando para a cidade depois de participar de uma formatura na cidade de Pau dos Ferros, quando perdeu o controle do veículo e saiu da estrada. Além da vítima, no carro ainda estavam mais cinco pessoas, que tiveram apenas ferimentos leves. Os outros ocupantes ainda conseguiram ligar para o socorro, mas quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou, a mulher já estava morta.
O outro acidente com vítima fatal na BR-405 quilômetro 13, na Zona Rural de Mossoró. Segundo informações, um veículo Fiat Uno seguia sentido Mossoró, quando colidiu frontalmente com uma motocicleta que vinha no sentido contrario.
A moto era conduzida por Luiz Gonzaga da Costa, de 49 anos, morador do bairro Alto da Conceição, em Mossoró. Com o impacto da batida, a vítima foi arremessada da moto e caiu no meio da pista. Ele morreu na hora. Segundo patrulheiros da PRF, motociclista invadiu a contramão da via causando o acidente. O condutor do veiculo permaneceu no local e acionou o socorro médico.
Já na RN-177, o corpo de Eliel Cavalcante de Carvalho, de 63 anos, foi encontrado em um monte de entulho ao lado da via. O local é uma reta e não havia sinais de choque com outro veiculo, nem na motocicleta e nem no seu corpo, que pudessem justificar a saída de pista e o acidente. Segundo a PM, as primeiras suspeitas são de que a vítima tenha passado mal e perdido o controle do veículo.
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