sábado, 30 de agosto de 2014

Servidores da Saúde deflagram nova greve a partir de 8 de setembro. Decisão foi tomada em assembleia na manhã desta sexta-feira

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Foto: Arquivo
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Mais uma greve dos servidores da saúde pública estadual vai ser iniciada. A partir do dia 8 de setembro, a categoria entrará em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembeia realizada pelo Sindsaúde na manhã de hoje (29) e vai contra as medidas que a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) estabeleceu para conter os gastos. De acordo com a diretoria do Sindsaúde, o Governo do Estado será notificado através de ofício sobre a decisão dos servidores.
“Não queríamos entrar em mais um processo de greve, mas a verdade é que essa decisão foi inevitável. O secretário Luiz Roberto Fonseca não sinalizou que iria mudar de posição quantos às mudanças administrativas anunciadas e assim impôs um ataque que mexeu diretamente com o nosso trabalho”, afirmou Rosália Fernandes, diretora do Sindicato.
“É inacreditável o ponto em que chegamos. Não é possível que neste final de Governo, nos últimos suspiros da governadora Rosalba Ciarlini, a secretaria impõe um ataque desses”, disse Rosália, enfatizando um dos pontos que mais irritou os servidores: a mudança da jornada de trabalho.
Essa será a segunda greve dos servidores estaduais da Saúde neste ano. Entre as principais exigências da categoria estão a garantia dos repasses para a saúde pública e aumento das verbas e suspensão da prestação mensal de R$ 10 milhões para a OAS; manutenção da atual jornada de trabalho (plantões 6h e 12h) e do horário de atendimento na Unicat.
Outros pleitos dos servidores junto à Sesap dizem respeito a um novo concurso para acabar com o déficit de dois mil servidores e convocação de mais concursados para o interior, além da não suspensão da alimentação de servidores e acompanhantes.
No dia 8 de agosto, durante audiência pública na OAB, promovida pelo Fórum em Defesa da Saúde Pública, o secretário estadual de saúde, Luiz Roberto Fonseca, apresentou a situação financeira da Sesap, que teria deixado de receber R$ 59,5 milhões do governo no primeiro semestre, acumulando dívidas com fornecedores, municípios e cooperativas.
Na ocasião, o secretário anunciou algumas medidas, como a redução dos gastos com os hospitais regionais e o corte dos plantões eventuais. Ao mesmo tempo, o governo está ampliando a jornada de servidores de algumas unidades, como a Unicat e o Hospital João Machado. Além destas medidas, o governo também anunciou um novo adiamento da parcela do 13º salário.
“O governo vem reduzindo as verbas para a saúde e neste ano não aplicou ainda os 12% na Saúde que a lei determina. Agora, a Sesap quer se virar com o que tem, mas sacrificando os servidores e o atendimento”, afirma Manoel Egídio Jr, coordenador-geral do Sindsaúde.

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