EXPECTATIVA GRANDE
A corrida eleitoral está chegando ao fim. Ou seria apenas o primeiro turno da disputa que está se encerrando? Essa pergunta tem dividido opiniões não só entre os institutos de pesquisas do Rio Grande do Norte. As equipes de marketing dos dois principais candidatos a governador do RN, Henrique Eduardo Alves (PMDB) e Robinson Faria (PSD) também divergem neste aspecto. O grupo de Robinson acredita que a disputa vai até o final do próximo mês, enquanto os peemedebistas já revelam planos, até de trabalhar em outro estado, por entender que, no RN, a competição não passará do próximo dia 5.
“Pelas avaliações que a gente tem de pesquisas qualitativas, de pesquisas internas, a probabilidade de definição no primeiro turno é muito grande. Nós não temos planos de trabalhar no Rio Grande do Norte no segundo turno”, afirmou ao Jornal Verdade, da SimTV/RN, o paranaense Carlos Prado, que é o marqueteiro responsável pela campanha do candidato Henrique Alves.
Dessa forma, sem perspectivas de segundo turno, a intenção já seria até buscar trabalho em outros estados, onde o segundo turno é “possível”. “Todas as pesquisas, as nossas internas e as que estão sendo divulgadas, são claras: mostram uma descendência do nosso adversário e a ascendência de Robinson. E esse ponto de interseção já está, praticamente, acontecendo. Então, mostra que o segundo turno é uma realidade sim”, comentou João Maria Medeiros, do marketing de Robinson, discordando da opinião de Carlos Prado.
Com apenas três programas eleitorais e poucos dias de mobilização nas ruas até o dia da votação (em primeiro turno), o marketing dos dois candidatos revelam que deverão trabalhar na conquista dos eleitores indecisos, que ainda representam um número elevado segundo as pesquisas de opinião (quase 10% do total de eleitores). A visão da importância dos indecisos, no entanto, também é divergente para Henrique e Robinson.
Afinal, enquanto o marqueteiro de Henrique acha que não haverá novidades na migração daqueles que ainda não definiram seus votos, o marketing de Robinson espera virar o percentual do candidato do PSD, justamente, conquistando o voto dos indecisos. “Ainda há um percentual de eleitores que vai deixar para se definir na reta final e são esses eleitores que nós queremos e buscamos e vamos trabalhar para conquistá-los”, afirmou João Maria Medeiros ao Jornal Verdade.
“Na nossa opinião esse universo de indecisos, como em qualquer campanha, na reta final ele vai se acomodar normalmente, porque não existe nenhum fato novo, nenhuma nova tendência, então será de acordo com a proporção que já existe. Acho que não é nada que se espere de alteração do quadro”, respondeu Carlos Prado.
POSITIVIDADE
Pelo menos, em um aspecto os dois marqueteiros concordaram: as equipes de marketing trabalharam muito bem na disputa eleitoral. “Sem dúvida atingiu o objetivo. A campanha é um conjunto de fatores e o candidato, nesse aspecto, ajuda muito. O marketing, na verdade, foi para ressaltar essas qualidades dele, que as pessoas não conheciam, e quando se encontrou esse caminho de apresentar as propostas, o marketing tem a sua parcela de participação”, avaliou João Maria Medeiros.
Enquanto isso, para Carlos Prado, o bom foi Henrique não ter caído, mesmo com os ataques que sofreu dos adversários. “A gente conseguiu consolidar uma boa imagem dele; sofreu alguns ataques, mas não abalou; os adversários não cresceram. Então a gente conseguiu um quadro de estabilização já há algum tempo e nós não temos nenhuma expectativa de mudança de quadro”, respondeu o marqueteiro do peemedebista.
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